• Marcos civilizatórios – parte I

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  • 15/04/2020 12:00

    A criatura humana, agente central da História, que a escreve, por protagonista, surpreende sempre quando resolve criar marcos de sua passagem, sob inspiração que surge da vontade de assinalar um momento caro e decisivo, que sobrepaira acima da individualidade para tornar-se testemunho histórico de um povo.  O sentimento de perpetuidade, presente na obra, é momento de uma inspiração explicável para o agente, no instante do feito e que, em verdade, ao transferir-se ao futuro e resistir às intempéries do turbulento desenvolvimento, tornam-se perenes por patrimônios da Humanidade e testemunhos de passagem.  Chamá-los-ei de ícones ou totens majestosos assumidos pelas gerações à frente como bens preciosos representativos para a Humanidade, prontos aos estudos e observações metodológicas dos pesquisadores e como obras destinadas à apreciação artística e turística, com leitura do passado emoldurada nos  afrescos da memória patrimonial da Civilização Humana. .

              Poderia citar alguns exemplares magníficos da criatividade humana insertos nas culturas dos cinco continentes, que partem das inscrições de eras mais selvagens, chegam a exemplares de civilizações primitivas, guerreiras, intelectuais por literatos e artistas de plásticas criatividades, de períodos históricos modificadores de trajetórias culturais, enfim, bens que o planeta tenta conservar porque patrimônio comum do Universo. Sim, do Universo!

              Porém, objetiva o artigo fixar-se em Petrópolis, município do Estado do Rio de Janeiro, possuidor de patrimônio cultural invejável, por suas características de raro pioneirismo de seus agentes edificadores.

              Assinale-se que a própria topografia natural, de altitude, e sob inóspitas elevações, moldou um urbanismo de inusitadas soluções, conferindo ao conjunto interessantes singularidades, sob um ecletismo ímpar, se comparadas aos ajustamentos humanos de características similares.

              Com efeito, Petrópolis destaca-se, no concerto da chamada Velha Província, por representativa cidade surgida de um capricho imperial, que não vem, em primeira análise, da vontade pessoal de D. Pedro II porque nele insuflada pelo pai, o imperador D. Pedro I, nascido europeu e sob resquícios finais de ordenações basilares da cultura medieval já revolta pelas ideias e explosões de novos tempos.

              Comentários que abrem caminho para um novo encontro nosso na próxima semana. (JEDS)

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