Usar delivery e ‘comprar do pequeno’ ajudam a manter empregos durante a pandemia
Com a prorrogação dos decretos estadual e municipal que determinaram o fechamento do comércio no estado do Rio de Janeiro e em Petrópolis, respectivamente, durante a pandemia de Covid-19, muitos empresários estão preocupados em como poderão manter empregos e as contas em dia. Em Petrópolis, os serviços de retirada e entrega (delivery) dos estabelecimentos continuam funcionando normalmente. De acordo com o decreto municipal, não é permitido o consumo no local e a permanência por tempo superior ao estritamente necessário para a compra. Para o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), a cidade se antecipou no assunto, vislumbrando uma alternativa para que a economia não parasse totalmente. E é o que tem ajudado muitos empresários.
“O delivery e o sistema de “take away” (retirada de produtos adquiridos previamente, por meio eletrônico ou telefone, com hora marcada) têm sido aliados nesse momento em que o comércio não pode abrir as portas. Muitas empresas intensificaram as vendas pela internet, seja por aplicativos de mensagens, redes sociais ou telefone e precisam despachar essas mercadorias. Foi uma solução inteligente para não ficarmos completamente sem faturamento”, explica Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio.
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Lojas da Rua do Imperador e Rua Teresa já adotaram o delivery para entrega. As informações sobre como comprar pelos canais digitais ou por telefone estão disponíveis nas redes sociais das marcas ou ainda na fachada dos estabelecimentos. Os funcionários que atuam na separação dos produtos para entrega seguem os protocolos de higienização recomendados pelas autoridades de saúde, lavando as mãos e utilizando álcool em gel com frequência.
O Sindicato também apoia e incentiva a campanha do Sebrae intitulada “Compre do pequeno”. O objetivo é estimular a venda nos bairros e de pequenas e micro empresas da própria cidade, envolvendo os consumidores. Assim eles contribuem para que o dinheiro circule no município e todos se ajudam mutuamente.
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“Essa é uma situação nova para todos. Sejam consumidores, empresários, empreendedores. Estamos lidando com as consequências do isolamento social imposto pela pandemia quase que ao mesmo tempo que os problemas aparecem. Tudo muda constantemente. O que sabemos é que devemos nos apoiar. Dando preferência, na hora da compra, ao mercado do seu bairro ou de uma loja da cidade, o consumidor garante que aquele empreendimento continue “aberto” e os funcionários empregados. Não é fácil, mas podemos nos ajudar nesse sentido”, afirma Marcelo.
Petrópolis tem mais de 5 mil empresas ligadas ao comércio que empregam mais de 25 mil pessoas. Com as portas fechadas e sem faturamento, os empresários buscam alternativas para manter os empregos e os estabelecimento funcionando. Paralelamente, o Sicomércio trabalha junto aos governos para que os impactos dessa emergência em saúde sejam minimizados. Já foram protocolados os seguintes pedidos:
• Acordo com o sindicato dos empregados no comércio de Petrópolis para a concessão de férias coletivas;
• Pedido de negociação entre locadores e locatários de imóveis que abrigam comércios para que não haja o pagamento de aluguéis (importante ressaltar que é um pedido de negociação entre as partes envolvidas);
• Pedido ao Governo Federal de postergação da cobrança do Simples Nacional (imposto);
• Pedido ao governo municipal de suspensão do ISS e do IPTU de imóveis comerciais, postergação dos prazos para entrega de declarações relativas aos tributos municipais, entre outras medidas.
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