• Partituras da Esperança

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  • 01/04/2020 12:00

    Não cabe falar de política.

    Não deve haver espaço para o odioso confronto ideológico.

    Ninguém há de negar a mão em súplica de solidariedade.

     Nenhum ser humano é ilha cercada de preconceitos por todos os lados.

    Sempre haverá o que estende a mão e aquele que a recusa,

    Que a recusa não seja hábito.    

    Que o auxílio parta do coração enternecido e nunca da sofreguidão deitada à gatunagem impiedosa.

    Ajude àquele que, mesmo desafeto passado necessita de um amor presente.

    Criatura humana, é este – a Terra – o seu planeta, a sua casa, o seu refúgio.

    Nesta casa una, que seja ela compartilhada como se fora uma mensagem via rede social.

    Se o beijo deve ser à distância e o aperto de mão em sinal, que o coração esteja anelado e aquecido junto ao do seu irmão humano.

    Nunca fomente o pessimismo diante daquele em desespero e desenganado.

    Ao contrário, que as reações sejam de carinho e incentivo, mesmo que um manto negro sobrepaire o leito hospitalar.

    Não minta, mas fique autorizado a melodiar, nas partituras da esperança, as notas da cordialidade e da solidariedade.

    Mantenha os metros quadrados que podem gerar a difusão virótica e abrace a todos com o olhar da coragem e do apoio.

    Mantenha a calma, a serenidade, assim desarmando espíritos inquietos e desequilibrados.

    Apoie as instruções médicas e as decisões políticas corretas se a sobrevivência de todos mostrar-se em perigo diante da iminente ruptura do equilíbrio social.

    Ajude, acima de tudo, o seu semelhante em estado de necessidade, se o conflito se instalou e a serenidade encontrar-se corrompida pela insensatez.

    É nossa a vida – única vida – tanto nossa como a do semelhante. Por que, então, explorá-lo indigna e egoisticamente?

    Venceremos esse desafio que nos tortura à custa do sacrifício alheio ou respiraremos a ar puro de um futuro promissor para todos?

    Deixai para os cientistas as respostas e para Deus a esperança, desde que Ele continue entendendo que a dita sempre será a última a morrer.

    E o último, por favor, feche a porta!

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