• Especialistas reforçam que isolamento e lavar as mãos são fundamentais para prevenir coronavírus

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  • 23/03/2020 13:49

    A ação simples de lavar as mãos com água e sabão é a principal medida, segundo os especialistas para evitar um aumento do número de casos de infecção pelo novo coronavírus. Aliada às restrições impostas pelo governo e o isolamento social, essas medidas têm como principal objetivo evitar o cenário catastrófico em alguns países, como na Itália.

    “Água e sabão, só isso já é o suficiente para prevenir a infecção. Lavar as mãos deve ser um hábito. As pessoas devem fazer isso com frequência”, orientou o infectologista José Henrique Castrioto de Cunto. “Nesse momento em que estamos vivendo de tentar frear os casos, o hábito de lavar as mãos deve ser aliado ao isolamento social. Ficar em casa, sem ter contato com muitas pessoas é uma forma positiva de prevenção e que deve ser levada a sério pelas pessoas. É um momento de conscientização e sensibilização de todos”, reforçou o especialista.

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    Desde a semana passada, a Prefeitura vem publicando medidas de restrições que visam impedir aglomerações. Bares, cinemas, casas de shows, academias e shoppings foram fechados. O comércio teve horário restrito e a circulação do transporte público foi restrito apenas às empresas que atuam dentro de Petrópolis. Ônibus de turismo e vans estão proibidas de entrar na cidade e até as missas foram suspensas. Escolas e universidades foram os primeiros locais a serem fechados.

    A infecção do novo coronavírus se dá por contato humano; por gotículas respiratórias e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. “Por isso, a importância do hábito frequente de lavar as mãos, ou no caso de não ter por perto água e sabão o álcool em gel também deve ser usado”, recomenda o especialista.

    Não há medicamento para tratar o coronavírus e, para tratar os sintomas, os especialistas recomendam o uso de antitérmicos e analgésicos para a dor e febre. “A pessoa só deve sair de casa se os sintomas se agravarem, como por exemplo, dificuldade para respirar. Se for apenas sintomas brandos, como coriza, a recomendação é ficar em casa para evitar a contaminação de outras pessoas”, disse o infectologista.

    A orientação da Prefeitura é que, ao surgirem os sintomas, a pessoa procure uma unidade de saúde perto de casa (postos de saúde da família ou unidades básicas). Se os sintomas forem mais graves, podem se dirigir para o ponto de apoio montado ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Centro.  

    A maior preocupação dos especialistas é com as pessoas que estão no grupo de risco pois são mais vulneráveis ao coronavírus. A grande maioria das mortes está relacionada a essas pessoas. Idosos; diabéticos; pacientes oncológicos; portadores de HIV e Lupos; com doenças respiratórias graves e transplantados são alguns que fazem parte deste grupo. “O isolamento social é para tentar evitar que essas pessoas sejam infectadas. Com menos pessoas nas ruas, o vírus circula menos, uma forma de proteção para esse grupo”, ressaltou José Henrique.

    Além dos hábitos de higiene e o isolamento, os pacientes oncológicos, por exemplo, devem ter  outros cuidados. Como eles não podem parar o tratamento, as medidas devem ser intensificadas. No Centro de Tratamento Oncológico (CTO) são realizadas cerca de mil quimioterapias por mês e os atendimentos não podem ser interrompidos, mesmo com uma pandemia.

    “Ficar sem o tratamento pode levá-los a morte, por isso os pacientes não podem deixar de vir a unidade. As medidas de prevenção foram reforçadas com o objetivo de proteger os nossos pacientes que eles não parem os tratamentos”, disse o oncologista Renato Ferreira. Entre as medidas adotadas pelo CTO foi o adiamento de consultas para aqueles que já terminaram o tratamento e só é permitido apenas um acompanhante por pessoa, que durante as sessões de quimioterapia e radioterapia devem ficar do lado de fora da clínica para evitar aglomerações no salão. 

    Os pacientes também são orientados a permanecerem em casa e em caso de terem sintomas devem entrar em contato com o seu médico. “O importante não é entrarmos em pânico. Manter os hábitos de higiene, ficar em casa e só sair para realizar o tratamento são medidas de prevenção importantes neste momento”, ressaltou o oncologista.

    Os sintomas do coronavírus são febre, tosse, coriza e dor de garganta. Nos casos mais graves a pessoa pode ter dificuldades para respirar e cansaço.

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