• Com queda de 50% no número de passageiros, sindicato das empresas de ônibus cita preocupação com empregos

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  • 19/03/2020 17:20

    Em meio à crise provocada pelo coronavírus, rodoviários, agora, têm mais um problema para tirar o sono. Além do risco de contaminação, já que o sistema segue operando normalmente, agora muitos funcionários estão também apreensivos com a possibilidade de perderem os empregos. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Petrópolis diz que a queda do número de passageiros – após as determinações de isolamento da população –  pode gerar a demissão de 40% do total de funcionários do setor, o que representa aproximadamente 800 pessoas.  

    O sindicato que representa as empresas de ônibus (Setranspetro) diz que “estuda várias medidas para garantir a manutenção dos empregos do setor, mesmo diante da grave crise provocada pela queda acentuada na demanda de passageiros do sistema, que já supera 50% nos últimos dias”. Acrescentou que sindicatos patronal e de funcionários já estão em diálogo para encontrar soluções “para preservar a vida e a saúde dos rodoviários e continuar garantindo o atendimento para a população”. Nesta sexta-feira (20/03), está prevista mais uma rodada de negociações entre os sindicatos.

    Cuidados para preservar a saúde

    Os rodoviários estão preocupados com a exposição diária no horário de trabalho. Na última terça-feira, o prefeito Bernardo Rossi disse que mesmo com a redução do movimento nas ruas não vai permitir que haja redução na frota de coletivos para evitar a lotação. Ontem, o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Petrópolis fez um apelo para que a Prefeitura auxilie a classe disponibilizando luvas e máscaras, e para que as empresas concedam férias aos funcionários que se enquadram no grupo de risco.

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    As empresas de ônibus que operam na cidade estão com funcionamento em horário normal. Com as restrições decretadas pelo governo estadual e municipal, há uma redução visível de pessoas no centro e microcentros na cidade. Mas a recomendação das Secretarias de Saúde e do Ministério da Saúde é que a população evite sair de casa e respeite as medidas de restrição para impedir que haja avanço do coronavírus no país.

    “As empresas estão fazendo a higienização dos ônibus, mas não têm como arcar com o material de proteção como luvas, máscaras e álcool gel. Estão colocando os funcionários em risco”, disse o presidente do sindicato, Edson Oliveira.

    Para o sindicato, além disso, a frota completa nas ruas trará prejuízo aos rodoviários, já que não há movimento de passageiros suficiente. “O que nós pedimos é que a frota seja reduzida em 50%. Além da antecipação das férias dos funcionários que fazem parte do grupo de risco, aquelas acima de 60 anos e que estão em situação de risco”, disse.

    Nesta terça-feira, os empresários do setor de transporte e a Prefeitura se reuniram para definir orientações quanto ao transporte coletivo. Segundo o Setranspetro, cartazes e adesivos serão colocados em todos os veículos na intenção de alertar a população a respeito do contágio e de como as pessoas podem se prevenir contra a doença. Toda a frota tem recebido mais atenção à higienização diversas vezes ao dia.

    A Prefeitura foi questionada e disse que se comprometeu em intermediar o contato dos fornecedores de álcool gel e demais materiais para as empresas de ônibus realizarem a compra do mesmo.

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