• Jornalista Sylvio de Carvalho morre no Hospital Unimed, aos 93 anos, com sintomas do coronavírus

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  • 19/03/2020 17:55

    Morreu nesta quinta-feira (19), aos 93 anos, o jornalista Sylvio de Carvalho. Ele estava internado no Hospital Unimed. Sylvio era casado há 68 anos com Ondina Maurício carvalho da Silva e tinha quatro filhos – Luiz Eduardo Carvalho da Silva, Lucianita Carvalho (ambos já falecidos), Luiz André Carvalho e Geraldo Luiz Carvalho. Ele também teve nove netos.

    Sylvio de Carvalho trabalhou durante décadas na Tribuna de Petrópolis, depois de ter passado pelo Jornal de Petrópolis. Também atuou no jornal carioca Última Hora, com Samuel Wainer; e na Universidade Católica de Petrópolis, onde trabalhou por cerca de 35 anos. Ao longo dessas nove décadas, conquistou grandes amigos e também admiradores.

    O primeiro contato com a área de jornalismo foi aos 12 anos, quando escreveu o primeiro artigo em Rio Negro, no Paraná, onde foi estudar no Seminário dos Franciscanos. Aos 20, lançou a primeira revista em Petrópolis, chamada Vida Serrana, que teve apenas duas edições. Ao longo da carreira, entrevistou diversas autoridades e personalidades da história do país, incluindo Carlos Lacerda, João Goulart, Jânio Quadros, entre outros, com furos de reportagem que foram reproduzidos pelos jornais O Globo e Última Hora.

    Naquela década chegou a fazer a cobertura jornalística dos principais congressos e conferências internacionais que aconteciam no Palácio Quitandinha e que chegaram até a ser transmitidas pela BBC e outras rádios estrangeiras. Já nos anos de 1960, foi editor do Jornal de Petrópolis e depois fez parte da equipe da Tribuna. Na empresa, foi responsável pela criação de inúmeros cadernos especiais, como o Vultos Históricos, em 2005 e 2006, que apresentou a história de grandes personalidades como Santos Dumont, Getúlio Vargas e também sobre os prefeitos que governaram a cidade até 2006, quando a prefeitura comemorava 90 anos.

    Ele também foi pioneiro na década de 1950 na locução local de reportagens pela PRD3 Rádio Difusora junto a gloriosa e histórica equipe do radialista que fez escola no estado. Sylvio é conhecido ainda por outras iniciativas, como a criação da Rádio UCP, quando era assessor de imprensa da universidade.

    Sylvio também foi comissário da polícia estadual e, nessa época, realizou cursos de segurança em universidades norte-americanas como convidado. Foi, ainda secretário municipal de Turismo no governo de João Caldara. Durante sua gestão foi construído o Relógio das Flores, em frente à Universidade Católica de Petrópolis, na Rua Monsenhor Bacelar. Foi, ainda, secretário de Serviços Públicos no governo de Paulo Gratacós. 

    A família informou que não haverá velório e que o corpo será cremado no Rio de Janeiro.

     

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