• Comércio registra falta de álcool gel e máscaras para a prevenção contra o coronavírus

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  • 20/03/2020 12:51

    “Acabou”. Essa é a palavra que os petropolitanos mais estão ouvindo ao entrar nas farmácias da cidade e solicitar álcool gel e máscaras para a prevenção contra o coronavírus. A equipe de reportagem da Tribuna foi a diversas farmácias do Centro Histórico, questionando sobre o reabastecimento dos estoques e, em nenhuma oportunidade, há previsão para que seja feito.

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    A necessidade de prevenção gerou uma busca muito grande por parte da população. Rafaela Ribeiro, de 24 anos, está desde semana passada buscando os produtos, sem sucesso ao encontrá-los. Ela destacou a falta de conscientização de algumas pessoas, o que acaba colaborando para a escassez: “Estou desde semana passada procurando pela cidade toda e não acho. Acho que isso passa por uma questão de consciência também. Muita gente compra mais de um e guarda para si. Se houvesse o compartilhamento, não estaria esse desespero todo”, disse.

    Muitos dos estabelecimentos visitados comentaram que, quando recebem uma nova remessa, recebem em pouca quantidade, não sendo o suficiente para atender a população. Com o aumento da demanda na última semana, é raro ver algum frasco de álcool em gel ou máscaras para a venda. Em alguns casos, como na Farmácia FTB, na Rua Dr. Porciúncula, há o álcool apenas para uso de clientes. 

    Taynã Carvalho, funcionária da Drogaria Galanti, na Rua do Imperador, disse que o estoque dos materiais acabaram há cerca de 15 dias: “Nossos estoques acabaram há cerca de duas semanas. Quando chega alguma coisa, vem em pouca quantidade e acaba muito rápido”, disse.

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    Contou também que a quantidade de pessoas que entram no estabelecimento para questionar sobre os produtos é muito grande: “Só pela manhã, acho que já respondi essa pergunta umas 30 vezes”, completou.

    Fernando Raibolt, da Drogaria Tamoio, não deixou de comentar sobre a falta de conscientização de alguns clientes. Segundo ele, são muitos os casos em que uma única pessoa compra uma quantidade maior do que o necessário: “Acho que isso passa muito pela conscientização de alguns. Se as pessoas compartilhassem, não estaríamos com esse desespero todo. Tem gente que chega aqui e compra dois, três frascos de álcool”, relatou. Informou, também, que um carregamento com mais produtos havia chegado no sábado, porém, devido a alta procura e ao pouco oferecido, acabou rapidamente: “Chegou há três dias, mas acabou no mesmo dia. As distribuidoras estão com muitas dificuldades. Não estão dando o suficiente para vendermos”, contou.

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    Já na farmácia MS Saúde, o álcool gel tradicional acabou, mas ainda há uma alternativa para higienização. O estabelecimento ainda está com estoques do álcool 70, que, segundo o proprietário, tem o mesmo efeito da versão em gel: “Nosso estoque acabou ontem, mas ainda temos o álcool 70, que é basicamente a mesma coisa do em gel para a venda, só que líquido. Ainda estamos sem previsão para o reabastecimento”.

    Outros estabelecimentos visitados pela equipe, que também apresentaram falta dos produtos: City Farma, Droga Raia e Pague Menos. Uma opção para a população é a encomenda dos produtos em algumas farmácias de manipulação na cidade, como é o caso da Officilab e a Homeopatia Clara. Há o limite de três unidades por pessoa na primeira e de duas na segunda. Os preços variam de R$ 9,90 até R$ 26,99. Só serão aceitas encomendas até sexta-feira, deixando nome e telefone. 

    Em reunião, ocorrida na manhã de ontem entre o prefeito Bernardo Rossi e os representantes da área de saúde de Petrópolis, foi informado que haverá fiscalização nos estabelecimentos para evitar a cobrança abusiva de preços nos produtos.

     

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