• Obra inacabada deixa esgoto a céu aberto em escadarias e ruas do Atílio Marotti

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  • 12/03/2020 13:48

    Seis meses depois da liberação da Rua Atílio Marotti, em decorrência da obra de contenção e recomposição da via, a obra para construção da rede de esgoto permanece parada. Moradores do local convivem com o esgoto escorrendo por uma das escadas de acesso e em meio às residências. 

    Apesar do mau cheiro, do risco de proliferação de doenças e das inúmeras reclamações, a Prefeitura afirma que “a parte principal da obra, que era a recomposição e contenção da Rua Atílio Marotti para liberar a circulação normal de veículos, foi feita no ano passado. A prefeitura está finalizando a estratificação das planilhas para conclusão da recomposição da galeria e da servidão”. 

    A Prefeitura liberou a Rua Atílio Marotti ao tráfego, mas a rede de esgoto sanitário não foi restaurada. A sujeira corre pelas vias do bairro.

    A empresa MacPort Estruturas, responsável pela obra, confirmou que as obras de contenção estão concluídas. Quanto aos serviços faltantes, a empresa informou que estes dependem da elaboração, por parte da Secretaria de Obras, da planilha de rerratificação de quantidades, visto que, as quantidades faltantes em contrato são insuficientes para a conclusão da obra. Além disso, informou que este assunto está sob cuidados do Engenheiro Fiscal da obra desde outubro. Desta forma, e por esta razão os serviços faltantes só podem ser concluídos após a liberação e solução deste assunto.

    Enquanto a verba não é liberada, uma cascata de esgoto escorre pela rua, percorrendo escadas e invadindo terrenos. Em dias de chuva, toda a água contaminada é levada para dentro do pátio do Liceu Municipal Carlos Chagas Filho. Além do mau cheiro, a proliferação de animais peçonhentos preocupa os moradores.

    A obra inacavaba resulta em graves riscos para a saúde.

    “O cheiro fica muito forte. Uma mulher acabou até escorregando em uma das partes que está com água de esgoto. É perigoso para os moradores das proximidades porque pode causar doenças. Não terminaram nem a servidão e a questão do esgoto já sofremos há tempos, só está piorando a cada dia”, contou a moradora Maria Helena Monteiro, de 75 anos.

    Segundo moradores, a falta de uma rede de águas pluviais agrava ainda mais o problema. “Quando chove muito forte, a água acaba indo dentro da minha garagem. Tivemos que improvisar para escoar a água para outro lado. Se não fizermos isso, teremos infiltração na cozinha. Eu, sinceramente estou cansada dessa rua. Se eu tivesse dinheiro, mandava resolver isso tudo. Ninguém aguenta mais. São dois anos com esses problemas”, relatou uma moradora que preferiu não se identificar. 

    Desde a última reportagem feita pela Tribuna, em janeiro, onde deveria ter uma manilha para captar o esgoto, permanece instalado um tubo e um cone de sinalização de trânsito que foram improvisados como captadores.

    O trecho onde estava sendo realizada a obra, desmoronou em março de 2018, devido há uma forte chuva que rompeu as manilhas de águas pluviais. Os moradores do Atílio ficaram meses sofrendo as consequências. Com a interdição da via para veículos grandes, a abertura de uma via alternativa para tentar auxiliar na passagem, e finalmente a liberação da via principal em setembro do ano passado.

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