Famílias do Neylor não possuem água tratada
Cerca de 100 famílias que moram na comunidade Sítio São Luís, no Neylor, têm enfrentado problemas constantes com abastecimento de água. As mais de 110 casas da localidade são abastecidas com água que vem de um reservatório do alto do morro, onde há lama, fezes de cavalo e infestação de animais como ratos e gambás.
Os moradores já fizeram até abaixo-assinado para tentar melhorar a situação do local, reivindicando que o abastecimento seja regularizado pela concessionária de água e esgoto da cidade.
O motoboy Marcos Pinheiro, que está à frente do movimento, disse que já colheu dezenas de assinaturas. "Nós fizemos o documento e já até solicitamos cadastramento na concessionária de água. Eu fiz um levantamento e peguei documentação de, pelo menos, 110 casas da região para que esses imóveis possam contar com o abastecimento encanado, mas até agora não tivemos nenhuma resposta. Nós nos sentimos muito mal com isso tudo", revelou Marcos.
O abastecimento na localidade é totalmente irregular. A água chega nas casas por meio de mangueiras pretas conectadas diretamente num reservatório. No local onde a água fica armazenada há muita lama, sujeira, folhas, lixo verde e fezes de cavalo. Pelo caminho até chegar nas residências há diversos problemas como rompimento das mangueiras e até mesmo acúmulo de água parada, onde há muitas larvas de mosquito.
Pedro Bittencourt mora há doze anos no bairro e o problema com o abastecimento é um pesadelo na vida de sua família. "A gente está tomando banho e de repente a água acaba, de madrugada, e temos que ir lá em cima no escuro procurar onde está o rompimento para que possamos remendar a mangueira. Além disso, às vezes estamos fazendo comida e cai alguma sujeira e a água sai preta na torneira. É um transtorno muito grande. Complicado demais. Nós queremos pagar para ter água e queremos uma água de qualidade", completou.
A comunidade Sítio São Luís fica no alto do Neylor, no bairro Retiro. Toda a região conta com milhares de habitantes. No entanto, as 110 residências citadas na reportagem não contam com o abastecimento regular de água encanada.