Organização de Tóquio-2020 reafirma que Jogos Olímpicos serão realizados em julho
O temor pelo surto do coronavírus, denominado Covid-19, tem causado várias consequências no mundo esportivo nas últimas semanas. Vários eventos por todo o planeta já foram cancelados ou adiados e há quem afirme que até os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, programados para julho e agosto, correm risco. Nesta quarta-feira, no entanto, o Comitê Organizador da Olimpíada no Japão reafirmou que a competição acontecerá na data programada.
Na última terça-feira, o canadense Dick Pound, um dos mais antigos dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI), afirmou que se o surto do coronavírus se tornar muito perigoso para a Olimpíada os organizadores vão optar pelo cancelamento dos Jogos no lugar de adiá-los.
De pronto, o Comitê Organizador disse nesta quarta que a possibilidade de postergar a decisão sobre um eventual adiamento dos Jogos Olímpicos em vários meses “não é necessariamente a visão coletiva do Comitê Olímpico Internacional” e insistiu que o evento acontecerá nas datas programadas.
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Pound também destacou em suas declarações que, em todo caso, há um período de dois a três meses para decidir o futuro de Tóquio-2020, apesar de insistir que os Jogos Olímpicos deverão acontecer nas datas previstas e “tudo seguirá como sempre”.
O COI reiterou que os preparativos para os Jogos continuam conforme o planejamento inicial e, ao comentar as declarações, o comitê citou Pound porque “explica muito bem que o COI segue trabalhando para iniciar com êxito os Jogos no final de julho”. “Tóquio-2020 foi informado que ‘a janela de três meses (mencionada por Pound) não é necessariamente a visão geral do COI'”, afirmou o Comitê Organizador.
O ministro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Seiko Hashimoto, também insistiu que as palavras do diretor canadense “não são a posição oficial da entidade” e que os preparativos seguem normalmente.
O Japão registrou até o momento 164 casos de coronavírus, além de cerca de 700 pessoas infectadas a bordo de um navio atracado no porto de Yokohoma, ao sul de Tóquio. Já morreram cinco pessoas infectadas ou com suspeitas de contágio.