UJS vai levar ao MP e ao conselho da Juventude denúncias de violência contra o público LGBTQI+

A União da Juventude Socialista (UJS), em Petrópolis, vai levar ao Conselho Municipal da Juventude e ao Ministério Público as denúncias sobre os recentes casos de violência a jovens LGBTQI+ na cidade. Segundo a diretoria da UJS, chegaram relatos de quatro casos de violência que podem ter sido motivados por LGBTfobia. Além disso, serão pedidas medidas efetivas para garantia da segurança à juventude, tendo em vista as brigas que ocorreram nas últimas semanas na Rua 13 de Maio, no Centro. 

O presidente da UJS, Guilherme Freitas, disse que o objetivo é questionar quais as medidas que o poder público está tomando para garantir a segurança do jovem, em especial no Centro Histórico. Segundo Guilherme, no fim de semana passado uma jovem foi agredida na Praça da Liberdade. Solicitou ajuda na cabine da Guarda Civil mas não teria sido atendida. Segundo a denúncia que chegou para a UJS, a jovem de 23 anos foi agredida à noite, em um horário de menor movimento. 

Para a UJS, falta policiamento preventivo, principalmente na Praça da Liberdade e Rua Treze de Maio. “Os jovens estão sob intervenção com esse toque de recolher. A juventude deixar de ter direito ao lazer”, disse. O presidente da UJS, disse que no Centro há outros pontos em que ocorrem confusões e brigas, mas que pouco são observados pela segurança. “A observação é seletiva, somente na Treze de Maio que ganha repercussão”, disse.

Segundo Ayane Rocha, membro da diretoria da UJS, os casos estão gerando medo nos jovens que circulam por essas ruas à noite. “O jovem está perdendo o direito à cidadania. Muitos passam pela Praça da Liberdade à noite para ir para a escola, para a faculdade e ficam com medo”, disse. 

As denúncias serão apresentadas nos próximos dias. “Queremos cobrar um posicionamento sobre como será a atuação em relação à Rua Treze de Maio. A cidade que é a mais segura do Rio de Janeiro não tem segurança para a juventude ir e vir”, disse Guilherme. 

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