Roubo de cargas tem redução expressiva em 2019, aponta Firjan
O estado do Rio registrou 7.455 roubos de cargas em 2019, o que representa uma queda de 18,8% em relação a 2018. Apesar disso, o prejuízo com esse tipo de crime, considerando o valor médio da carga roubada, foi de R$ 386 milhões. É o que aponta o “Panorama do roubo de carga no estado do Rio de Janeiro”, divulgado pela Firjan.
“Nosso estudo mostra uma melhora significativa dos indicadores, mas é muito importante a continuidade das ações já que ainda vemos mais de vinte roubos de carga por dia, em média”, ressalta o gerente geral de Competitividade da Firjan, Luis Augusto Azevedo.
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Com base em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o estudo destaca que cerca de 97% dos casos registrados em 2019 foram concentrados na Região Metropolitana. Além disso, das 137 Circunscrições Integradas de Segurança Pública (Cisp), apenas dez, que são cortadas pelas principais rodovias fluminenses, receberam mais da metade das ocorrências.
Apesar da redução média observada, algumas regiões específicas tiveram aumento do número de ocorrências em relação ao ano anterior. A região de Vilar dos Teles foi aquela que apresentou maior aumento, 31,6%. Por outro lado as regiões de Belford Roxo, Penha e Braz de Pina mostraram números cerca de 50% inferiores a 2018.
Para a Firjan, a expectativa é de continuidade na redução do roubo de carga em 2020, já que está previsto para o primeiro trimestre o início do programa Segurança Presente Volante. Outro fator que contribui para essa tendência é a inclusão desse tipo crime no Sistema Integrado de Metas e Acompanhamento de Resultados da Polícia Civil e Militar do estado do Rio de Janeiro, pleito defendido pela Federação, e alcançado em 2019.
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Como resultado da redução das ocorrências de roubo de cargas no estado do Rio, a Firjan defende ser possível a extinção da Taxa Emergencial Excepcional (Emex), adicionada ao valor do seguro para transporte de cargas em 2017, período mais crítico das ocorrências, que já foi superado. Atualmente, o cenário é semelhante ao de 2015. De acordo com a Firjan, o fim da taxa é de extrema importância para a retomada da competitividade e a redução dos preços para o consumidor final.