Greve dos professores já completa quatro meses e compromete ano letivo nas escolas
A greve dos professores das escolas estaduais completa quatro meses amanhã. Em Petrópolis, cerca de 70% dos profissionais aderiram à paralisação, que teve início em 2 de março. Entre as reivindicações da categoria está o aumento salarial de 30%. Na cidade são 11 escolas estaduais e cerca de 350 professores, que reivindicam também a manutenção dos direitos trabalhistas, como aposentadoria e contribuição previdenciária e a suspensão do calendário letivo para que os alunos não tenham prejuízo.
Apesar de não ter recebido ainda uma proposta, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) Petrópolis está otimista para uma conversa com o governo do estado que deve acontecer na semana que vem. Segundo a presidente da entidade, Rose Silveira, a classe espera que o governo esteja de fato com a intenção de atender às reivindicações, suspendendo assim a paralisação. Além disso, contou que uma nova assembleia do setor está marcada para a próxima quarta, no Rio, às 11h. Em seguida, a categoria participará do Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, com concentração às 15h na Candelária e marcha até a Central do Brasil.
Sobre a situação do ano letivo, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que não será suspenso. O órgão esclareceu que serão respeitados os 200 dias de aulas, conforme previsto em lei, e que algumas escolas poderão não ter o recesso do período olímpico, em agosto deste ano, e avançar em dezembro, janeiro e até fevereiro de 2017.