Oficina que ensina idosos a mexer no celular já atendeu mais de 100 pessoas
Mais de 100 idosos já estão mais conectados com o uso das tecnologias móveis graças à oficina gratuita que ensina pessoas da terceira idade a entenderem melhor o funcionamento dos seus smartphones. O curso acontece semanalmente – todas as quartas-feiras, das 9h às 12h – no Centro de Cultura Raul de Leoni, e busca reforçar ou resgatar a autonomia dos idosos. A oficina continua este mês e qualquer pessoa pode participar, sem necessidade de inscrição prévia.
“Essa já é a terceira vez que venho e anoto tudo no meu caderno. Anoto as dúvidas e depois venho tirar. Já aprendi onde encontro o meu próprio número – porque nem isso eu sabia -, aprendi a adicionar contatos, a mexer no bluetooth. Aprendi também que dá pra pagar conta sem ir ao banco. Achei a oficina muito legal porque os filhos sempre ficam deixando pra nos ensinar depois”, ressaltou Eunice da Glória Maia, de 73 anos, que participa da oficina desde a primeira turma.
Por intermédio de uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento e o Instituto Municipal de Cultura e Esportes (IMCE), o projeto “Quem meus avós beija minha boca adoça” conta com quatro estagiários para auxiliar as pessoas da terceira idade no uso de aplicativos e outras funcionalidades dos celulares. “É um projeto muito bonito, que ajuda na autoestima dessas pessoas. E ter esse público no Centro de Cultura os aproxima também das outras atividades que acontecem no prédio”, frisa o diretor-presidente do Instituto Municipal de Cultura e Esportes (IMCE), Renato Freixiela.
Os estagiários do projeto fazem parte do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento. “Eles são muito pacientes, dedicados, atenciosos. Esse é um projeto muito legal, está gerando o empoderamento nesses idosos”, frisa outra participante, Tania Carvalho, de 64 anos.
O projeto foi criado pela aposentada Djanira de Oliveira Viveiros, que pensando na própria dificuldade no uso dos smartphones decidiu criar uma oportunidade para as pessoas da terceira idade se informarem melhor sobre o funcionamento dos aparelhos. “E a sensação está sendo de dever cumprido, de que fiz alguma coisa pra ajudar as pessoas”, explica.
As inscrições para a oficina podem ser feitas no próprio dia, por qualquer pessoa. Vale lembrar que ela acontece no térreo do Centro de Cultura, onde funciona a administração do IMCE e os idosos podem chegar a qualquer horário entre 9h e 12h, não sendo necessário chegar às 9h. Para as oficinas, os idosos precisam levar apenas os seus celulares. Além da dificuldade com aplicativos de mensagem – que estão entre os principais questionamentos -, as aulas deverão tirar dúvidas sobre o uso de outras ferramentas que podem ser de grande utilidade para a Terceira Idade, como aplicativos de transporte urbano ou operações bancárias.