• Moradores do Madame Machado se unem para plantar e colher

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  • 10/02/2020 13:50

    Na comunidade Primeiro de Maio, no Madame Machado, em Itaipava, a expressão “colher o que plantar” é levada ao pé da letra. Isso porque, desde outubro do ano passado, a Associação de Moradores vem dando sequência a um projeto da horta comunitária, que é composta por diversas hortaliças como salsa, cebolinha, cenoura, alface, beterraba, repolho, peixinho, chicória, couve, couve-flor, agrião, espinafre, jiló, tomate e pimenta, além de algumas plantas medicinais. Mais de 20 famílias se beneficiam com os alimentos plantados e colhidos pelos próprios moradores. 

    De acordo com o vice-presidente da associação, Alex Sandro da Silva, de 42 anos, a iniciativa foi da própria associação, mas a execução do projeto é uma parceria com toda a comunidade: “É uma parceria com todos aqui. Buscamos trazer credibilidade no entorno da comunidade. Mostrar que a união do povo vai nos ajudar a ter uma vida um pouco melhor. O que combinamos é que cada morador que pegar algo na horta tem que contribuir com sementes para continuarmos produzindo”, disse Alex.

    Foto: Bruno Avellar – Tribuna de Petrópolis

    Alex não deixou de destacar que o processo é demorado, mas vem evoluindo a cada dia: “É muita gente morando por aqui; são cerca de sete mil pessoas. É um trabalho lento, em mutirão que, apesar  de devagar, está evoluindo. Esperamos ir longe com isso”, pontuou.

    O vice-presidente disse que a ação vem dando muito resultado. Atualmente, cerca de 20 famílias se beneficiam e contribuem com a horta, ajudando a molhar, limpar o terreno, fazer a capina e o plantio. Anderson Medeiros, comerciante do bairro, de 48 anos, é um desses que tem se beneficiado com o projeto, que pode ser utilizada como terapia: “Já levei algumas coisas para casa e é algo realmente bem interessante. Acho que muitos podem utilizar como uma terapia, pois é um trabalho muito relaxante”, contou.

    Ideias de expansão do projeto

    A ideia é que haja uma expansão, tanto no espaço físico, quanto no número de pessoas que participam: “Agora queremos fazer uma estufa para trabalhar mais as plantas medicinais, pois algumas não resistem ao tempo, principalmente pelos dias chuvosos da cidade. Precisamos envolver mais gente do bairro neste projeto, estimulando a criação de outras hortas em espaços comunitários um pouco mais distantes de onde estamos hoje”, comentou.

    Alex não deixou de destacar a importância das plantas medicinais. O objetivo dos organizadores é que consigam algum tipo de parceria com o posto de saúde da região: “Em nossa comunidade há muitos idosos. Queremos ajudar essas pessoas a aumentarem o uso de remédios naturais. Quando se tornar algo realmente grande, tentaremos uma parceria entre o centro comunitário e o posto de saúde. A proposta é entregarem uma receita lá no posto e, sabendo que tem o produto aqui, é só vim e pegar”, informou.

    Foto: Bruno Avellar – Tribuna de Petrópolis

    O projeto foi aberto com a realização de um mutirão, onde participaram diversas crianças do bairro. Em seguida, vieram mais dois fins de semana de plantio e, desde então, são realizados mutirões aos fins de semana para a manutenção da horta.

    A ação recebe, atualmente, um apoio da Fiocruz, que é a grande idealizadora do projeto e que doou algumas mudas para o início da horta. Uma nova doação deve ocorrer assim que o período de chuvas passar. 

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