
O varejo nacional deve registrar um forte movimento neste Dia das Crianças, com previsão de R$ 16,73 bilhões em vendas, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, em parceria com a Offerwise Pesquisas. A pesquisa revela que 70% dos consumidores pretendem ir às compras, apesar do cenário de restrição no poder de compra.
O estudo aponta que, em média, cada consumidor deve adquirir 2,3 presentes, com filhos (50%), sobrinhos (34%) e netos (16%) entre os principais presenteados. Entre os itens preferidos, roupas e calçados lideram com 43% das intenções, seguidos por bonecas e bonecos (36%) e jogos educativos/tabuleiro (26%). Brinquedos tradicionais como carrinhos/aviões e bolas aparecem empatados com chocolates/doces, todos com 17%.
Segundo o presidente da CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad, os números confirmam o peso do Dia das Crianças no calendário do varejo: “A pesquisa mostra que, mesmo com restrições orçamentárias, as famílias não abrem mão de celebrar a data. Para o comércio, isso significa um movimento importante, que exige atenção ao preço, mas também à qualidade e à segurança dos produtos oferecidos. O consumidor está mais seletivo, e quem souber equilibrar custo e valor agregado terá mais chances de fidelizar clientes”, afirma.
A motivação para o consumo vai além da obrigação comercial: 32% dizem comprar para ver a alegria das crianças, enquanto 22% destacam o hábito de presentear pessoas queridas. Outros 18% consideram a data um gesto importante e outros 18% dizem que as crianças devem ser lembradas. Entre os que não vão comprar presentes, a ausência de crianças próximas (38%) é a principal justificativa, seguida pelo foco no pagamento de dívidas (14%) e pela falta de dinheiro (12%).
As formas de pagamento também revelam cautela. O pagamento à vista deve predominar (85%), com destaque para o PIX, citado por 50% dos entrevistados. Ainda assim, 40% pretendem parcelar, principalmente no cartão de crédito, em média em cinco prestações.
Outro dado relevante é que 76% pretendem pesquisar preços antes da compra, reflexo da percepção de que 62% dos produtos estão mais caros em relação a 2024. O fator preço ainda pesa (48%), mas divide espaço com a qualidade (46%) e promoções/descontos (39%).
A intenção de comemorar a data permanece alta: 91% planejam algum tipo de celebração, sendo a própria casa o principal espaço (37%). O shopping aparece em 13% das intenções, enquanto parques de diversão (8%) e restaurantes (5%) também figuram entre os locais escolhidos.
Apesar do otimismo, o levantamento também mostra vulnerabilidade: 27% dos entrevistados admitem gastar mais do que podem na data, e 12% afirmam que deixarão de pagar alguma conta para garantir os presentes.
“O Dia das Crianças impulsiona o comércio, mas os números mostram que muitas famílias se sacrificam além do orçamento. É fundamental estimular a celebração sem comprometer as finanças. Queremos um consumo consciente e saudável porque assim ele ocorre de forma contínua”, afirma Cláudio Mohammad, presidente da CDL Petrópolis.
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