
A Turp Transportes atribuiu o atraso no pagamento dos rodoviários à falta de repasses regulares do vale-educação por parte da Prefeitura. A empresa divulgou nota, nesta quarta-feira (24), em resposta à paralisação dos funcionários — a quarta em nove meses causada por atraso salarial. O governo municipal, no entanto, afirma que os repasses do subsídio não podem estar condicionados à folha de pagamento.
No fim de agosto, o Setranspetro chegou a pedir à Justiça o sequestro dos valores do vale-educação nas contas da Prefeitura, em razão de atraso no repasse previsto em acordo firmado entre o município e as empresas. Dias depois, os pagamentos foram normalizados. Já os novos atrasos, referentes aos salários que deveriam ter sido pagos no dia 20 deste mês, ainda não foram comunicados oficialmente à Justiça. Pela homologação judicial, o bloqueio só pode ser solicitado a partir do sexto dia de atraso.
Segundo a Turp, a falta de regularidade nos repasses impacta diretamente o fluxo de caixa, inviabilizando a cobertura de todas as despesas. “A empresa lamenta que este déficit, provocado pelo atraso do subsídio venha, novamente, agravar o desequilíbrio econômico e financeiro da empresa”, diz a nota.
A companhia destacou ainda que, por acordo judicial, a Prefeitura deve repassar o subsídio nos dias 10 e 20 de cada mês. Enquanto isso não ocorre, informou que os pagamentos do adiantamento salarial, iniciado na segunda-feira (22), estão sendo feitos conforme a arrecadação, com prazo máximo até 29 de setembro de 2025 para a quitação total.
“A Turp Transporte solicita o retorno dos rodoviários aos postos de trabalho, para dar continuidade à operação, e, consequentemente, gerar arrecadação para que todos os pagamentos das despesas sejam realizados, inclusive, dos próprios salários”, conclui a empresa.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura afirmou que em 2025 parcelou valores do vale-educação que estavam atrasados desde 2024 e que vem cumprindo esses pagamentos. Disse ainda que, apesar das dificuldades financeiras, tem feito os repasses referentes a este ano e que, neste mês, o vencimento ocorreu no último sábado. Por isso, na visão do governo, os salários dos rodoviários não poderiam estar condicionados ao pagamento do subsídio municipal.
Leia na íntegra a nota do Setranspetro:
“A Turp Transporte informa que o atraso no depósito do subsídio Vale-Educação impacta diretamente no fluxo de caixa da empresa, que não consegue arrecadar valores suficientes para realizar todos os pagamentos necessários, inclusive, o adiantamento salarial.
Em julho deste ano, por meio de acordo judicial, ficou pactuado que a prefeitura deveria realizar o repasse do subsídio do Vale-Educação sempre nos dias 10 e 20 de cada mês. A empresa lamenta que este déficit, provocado pelo atraso do subsídio venha, novamente, agravar o desequilíbrio econômico e financeiro da empresa.
A Turp Transporte destaca que, enquanto não ocorrer o depósito do subsídio do Vale-Educação, os pagamentos do adiantamento salarial, que foi iniciado segunda-feira (22), vai acontecer à medida que ocorrer a arrecadação, no máximo, tendo como data limite, o dia 29 de setembro de 2025, para finalizar a totalidade.
A Turp Transporte solicita o retorno dos rodoviários aos postos de trabalho, para dar continuidade à operação, e, consequentemente, gerar arrecadação para que todos os pagamentos das despesas sejam realizados, inclusive, dos próprios salários.”
Leia na íntegra a nota da Prefeitura:
“A Prefeitura de Petrópolis informa que está acontecendo mais uma paralisação da empresa de ônibus Turp. É a quarta vez, em nove meses, que os rodoviários paralisaram o serviço. Mesmo com o aumento da tarifa, conquistado na justiça pela empresa, a Turp segue sem cumprir os compromissos com os trabalhadores, prejudicando a volta para a casa de centenas de petropolitanos.
A Prefeitura reforça que em 2025 realizou o parcelamento de valores do Vale Educação que estavam atrasados desde 2024, e que vem cumprindo estes pagamentos. Além disso, mesmo com as dificuldades financeiras enfrentadas, vem realizando os repasses do Vale Educação deste ano, que neste mês o vencimento se deu no último sábado, ou seja, o salário dos rodoviários não poderia estar condicionado ao pagamento por parte da prefeitura.
A Prefeitura segue cobrando que a empresa regularize os salários dos rodoviários e também realize melhorias nos veículos, bem como a questão do cumprimento das rotas e horários.”
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