Carros com som alto, gritaria e brigas atormentam as noites dos moradores da Praça Pasteur
Som alto, gritaria, e até brigas. Este é o cenário que os moradores da Praça Pasteur têm que conviver quase que diariamente. A situação começou há dois anos, mas foi em 2018 que as coisas complicaram ainda mais. Os dias quentes de verão são um convite para as reuniões realizadas no local. Motoristas de carros com sons potentes competem entre si para ver qual música se sobressai. Como consequência disso, as janelas de alguns apartamentos chegam a tremer. E, claro, ninguém dorme.
Na tentativa de acabar com o problema, os moradores passaram a acionar a Polícia Militar, que no início comparecia ao local e conversava com os envolvidos. O som era diminuído mas logo após a saída dos militares a baderna continuava. Agora, segundo os moradores, a corporação sequer envia viaturas. Com o passar dos dias, os frequentadores ficam ainda mais ousados, e prejudicam cada vez mais a qualidade de vida de quem vive na região.
A prefeitura também foi procurada pelos moradores, porém nenhum deles conseguiu contato. “Ligamos para o código de posturas e ninguém atende. A situação é muto ruim! Meu marido trabalha em casa, e eu acordo cedo. Ou melhor, nem durmo, quase tendo em vista a hora que as festas terminam. Achamos que buscando a PM ou o poder público algo seria feito, mas até hoje nada. Vale ressaltar que aqui moram centenas de pessoas, entre elas idosos, crianças e pessoas doentes. Isso não pode continuar. Estamos até com medo do Carnaval”, lamentou uma moradora, que preferiu não se identificar.
Em nota, a prefeitura informou que a Fiscalização de Posturas não recebeu denúncias, mas vai enviar fiscais ao local para verificar a informação e adotar as medidas cabíveis. O Código de Posturas estabelece um limite de emissão de até 55 decibéis para o período noturno.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.