Dirigente diz que mesmo com manutenção de juros, taxas do BCE estão ‘abertas a ajustes’
O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Eslováquia, Peter Kazimir, afirmou que, apesar da decisão de setembro de manter os juros inalterados, a política monetária seguirá flexível e “aberta a ajustes” conforme as condições mudem. “A decisão de setembro de manter as taxas estáveis reflete a confiança compartilhada de que a inflação está se comportando como desejado. Continuamos em um bom lugar”, escreveu.
Segundo ele, em publicação feita nesta segunda-feira no blog do Banco da Eslováquia, o BCE conseguiu trazer as taxas para um território “confortável e neutro”, mas alertou que estar em um bom lugar hoje não significa que “vamos ficar de braços cruzados observando o mundo passar”.
Kazimir ressaltou que, embora haja progresso no combate à inflação, o caminho para atingir a meta de inflação tem sido irregular, e “devemos permanecer vigilantes em relação aos riscos persistentes. Isso inclui riscos de alta para a inflação”.
O dirigente defendeu que as decisões continuarão sendo tomadas a cada uma das reunião, com base em todos os dados, perspectivas e projeções, evitando reações a “pequenos e minúsculos desvios da meta” de inflação.
Para ele, a prioridade é preservar a estabilidade diante de choques externos. “Com tantos choques afetando nossas economias, nosso objetivo deve ser um pilar de estabilidade”, escreveu. “Não devemos, e não iremos, nos comprometer antecipadamente com quaisquer decisões futuras.”