• Políticos vão à caça de “padrinhos” e Petrópolis deve ter nova invasão dos candidatos de fora em 2026

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  • 14/set 04:24
    Por Les Partisans

    Falta pouco mais de um ano para as eleições, quando os brasileiros irão às urnas para escolher presidente, governador, dois senadores e também deputados estaduais e federais. Enquanto o eleitor comum se concentra na disputa entre Lula e Bolsonaro, e entre direita e esquerda, a classe política é pragmática e põe o foco principal na disputa pela Câmara Federal, não apenas pelo desejo de ocupar uma cadeira no Congresso, mas para se posicionar de forma mais estratégica e garantir um “padrinho” influente. A eleição para deputado federal é a que atrai investimentos e atenção dos partidos, pois é dela que depende o tamanho de cada legenda, influenciando diretamente a distribuição do fundo eleitoral e partidário. Por esse motivo, os candidatos a esse cargo recebem mais verbas e conseguem montar equipes maiores, além de frequentemente financiarem campanhas de candidatos a deputado estadual, em uma prática conhecida como “dobradinha”. Nesse cenário, a busca atual de cada agente político é encontrar um deputado para chamar de seu. É a partir daí que surgem parcerias com nomes da capital, da Baixada e de outras cidades do interior. Deputados ou candidatos que antes eram desconhecidos passam a se aproximar do nosso cotidiano. Esse jogo de xadrez, que envolve apoio e uma boa votação em 2026, fortalece prefeitos, secretários, vereadores e outros interessados para as eleições de 2028. Nesse ciclo, serão eles que precisarão do apoio dos parlamentares para estruturar suas próprias campanhas.

    Movimento já começou

    Nos corredores da política, Petrópolis tem, em tese, poucos candidatos a deputado para chamar de “seu”. As pipas mais empinadas até agora são de Hugo Leal (PSD), Bernardo Rossi (com um pé e meio na canoa do PL), Rubens Bomtempo (PSB) e Marcus Vinícius, o ex-Neskau (PRD). Mas historicamente, metade dos votos válidos são para candidatos de fora e outros nomes olham para Petrópolis com carinho. Dr. Luizinho (PP), por exemplo, é de Nova Iguaçu, mas foi o principal fiador de Hingo Hammes, garantindo legenda para a candidatura do atual prefeito – que deve retribuir com um grande apoio na próxima eleição. Outros deputados têm feito parcerias e alianças, inclusive destinando emendas, de olho no nosso eleitorado. É o caso de Pedro Paulo (PSD), Eduardo Bandeira de Mello (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB), da capital, além do atual senador Carlos Portinho (PL), que quer a reeleição, mas pode disputar vaga na Câmara. Sem falar em lideranças da Baixada, como as famílias Cozzolino e Reis, que sempre comem pelas “beiradas” a partir das divisas com Magé e Duque de Caxias; nomes mais ideológicos, que conseguem votos só pela projeção junto à pauta; pessoas ligadas a igrejas, entre outros. 

    Cenário ajuda a “inflar” briga pela Alerj

    Como os deputados federais buscam nomes para fazer suas “dobradinhas”, transformando candidatos a deputado estadual em seus cabos eleitorais e ampliando a capacidade eleitoral, esse quadro contribui para inflar o número de candidatos a uma das vagas nas Alerj. Como falamos na semana passada, metade da Câmara pode brigar por uma vaga – Júnior Coruja, Júnior Paixão, Wesley Barreto, Léo França, Octávio Sampaio, Aloísio Barbosa e o licenciado Fred Procópio já foram, em algum momento, especulados como postulantes. Eles vão disputar com Yuri Moura, que busca a reeleição e Sérgio Fernandes, que também deve ter uma forcinha de Hingo para tentar aumentar seu capital eleitoral por aqui.

    Pontual demais

    A Prefeitura tem alegado que os problemas relatados em algumas escolas com a merenda escolar são pontuais. Partisans são leigos no assunto mas estão preocupados. Pela reincidência de casos pontuais e pela falta de recursos, pública e notória, para abastecer as unidades. A situação já foi alvo de debate na montagem do Orçamento para este ano e o tradicional estica-e-puxa está comendo solto para garantir recursos. E mesmo assim não tem pra todo mundo.

    Emenda salvou o soneto

    Num cenário em que o município continua “vivendo um dia de cada vez”, passou despercebida a baita ajuda dada pelo senador Romário. Conhecido por ser fominha nos gramados, o Baixinho deu uma grande assistência para Hingo Hammes: uma emenda de R$ 24 milhões para a Saúde – mais especificamente, o custeio de serviços de assistência hospitalar e ambulatorial. Dinheiro que garantiu fluxo de caixa para fechar o mês. 

    Ressocialização

    Tá vendo como o incentivo a boas práticas pode ressocializar os apenados? Alexandre de Moraes reduziu a pena do ex-deputado Daniel Silveira. Xandão atestou que o petropolitano estudou, trabalhou, leu muito, se comportou direitinho e não fez malcriação. Até curso de Fundamentação e Contabilidade Escolar Silveira fez. Será que tá mirando um novo rumo na carreira?

    Fã ou hater?

    Dia desses o presidente da Câmara, Júnior Coruja, chamou o vereador Marquinhos Almeida de “prefeito da Posse”. A gente não tem dúvida de que o apelido foi carinhoso. Mas, do jeito que o governo não está conseguindo entregar grandes investimentos, ficamos na dúvida se o vereador ficou satisfeito com o título ou sentiu o peso da responsabilidade…

    Pouca entrega

    Aliás, essa entrega nas comunidades era vista no meio político como um trunfo para a possível candidatura de Fred Procópio à Assembleia. Fred comanda os agentes regionais que, apesar de geralmente estarem vinculados aos vereadores, se reportam ao secretário, que tem na sua mesa a lista das demandas e os atendimentos em cada comunidade. Mas, em muitos lugares, a coisa ainda não “pegou no breu”. Talvez por isso Fred esteja indo devagar com o andor.

    Origem

    A rádio-peão da Secretaria de Educação correu para fazer a fofoca para descobrir a origem da escolha de Poliana Ferrarez como secretária de Educação, uma vez que a gestora tem atuação de quase duas décadas na rede estadual, principalmente como diretora do Colégio Cardoso Fontes. E a fofoca chegou rápido: parece que foi o deputado Serginho Fernandes que deu a maior força para a indicação da profissional.

    A contagem do Palácio Koeler

    Faltam cinco folhas de pagamento para fechar o ano.

    A cerâmica autoral feita em Petrópolis tem conquistado olhares atentos do público na exposição “Memórias Moldadas”, em cartaz até 16 de dezembro na Estação Jaqueira, no Vale do Cuiabá. Com entrada gratuita, a mostra apresenta trabalhos de 12 artistas e um coletivo do município, reunindo diferentes abordagens em torno da cerâmica como linguagem artística. A curadoria é de Carlos Feijó, com co-curadoria de Ana Rondon, em uma exposição que tem artistas como Rita e Carolina Ponte, mãe e filha que compartilham o interesse pela cerâmica, mas desenvolvem caminhos próprios.

    Contagem

    Estamos há 2 anos, 4 meses e 7 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.

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