
Obesidade e as doenças resultantes
A obesidade é muito mais grave do que se imagina. Até em tom de brincadeira fala-se daquela “barriga de chope”. Na verdade é muito preocupante com relação à gordura visceral em vários órgãos como fígado, rins, no coração, no pâncreas, além da musculatura periférica onde é visível. A infiltração da gordura que a gente não vê, por exemplo, no pâncreas, contribui para a resistência insulínica levando ao pré diabetes e diabetes tipo 2.
Essa infiltração de gordura é um gatilho para a produção de citocinas pró inflamatórias e diminuição das citocinas anti inflamatórias. Olha que situação. Por isso sabe-se que o indivíduo fora do peso já é inflamado. A hipertensão arterial é outra consequência do “pacotão” da obesidade. Como citei, é mais grave do que se imagina.
Não é só fazer exercício físico que resolve o problema da obesidade, do diabetes, da hipertensão arterial. É um trabalho multidisciplinar. Nós, profissionais de Educação Física, precisamos estar atentos aos grupos especiais e entender as doenças do “pacotão” da obesidade e suas consequências. Quando chega para nós um aluno (a) obeso, em primeiro lugar temos que fazer uma anamnese mais específica e saber das doenças já diagnosticadas e medicações. A prescrição da atividade física também deve ser criteriosa. Não é raro um aluno (a) com algum grau de obesidade receber logo de cara orientação para fazer exercício aeróbio. “Tá gordinho faz aeróbio” Não é isso. Muitas vezes esse aluno (a) não tem força nem resistência para executar. Pode ser mais interessante uma atividade combinada com musculação, uma vez que a força dele (a) é precária. Existem bons estudos sobre isso. Vou falar disso em breve.
**Literatura Sugerida: Xiaochen Lin, et all (2015) – Efects of Exercise Training on Cardiorespiratory Fitness and Biomarkers of Cardiometabolic Helth: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Controlled Triais.