
Estado publica ICMS para 2026 com índice que mantém Petrópolis na “penúria financeira”
E saiu o Índice de Participação dos Municípios para 2026. O IPM faz o rateio das verbas de ICMS entre as 92 Prefeituras e, como já era esperado, o resultado não foi nada bom para Petrópolis. Desde que o município perdeu por unanimidade aquela ação impetrada pelo advogado Celso Sardinha, ainda no governo Bomtempo, contra a GE Celma, que terminou anulada, o “ICMS a mais” ficou cada vez mais distante da nossa realidade. No Índice publicado pelo Estado para o próximo ano, houve até uma oscilação para cima em relação ao que estamos vivendo agora, mas o nosso índice de 1,184 ainda é baixo, o que gera, de cara, dois grandes problemas. O primeiro é a própria penúria em si. O número não permite à Prefeitura respirar com fôlego até o final do ano com a atual estrutura do município. É mais ou menos o que tem acontecido esse ano, com clima de incerteza no pagamento a fornecedores e servidores ativos e inativos. E, para além disso, nossa capacidade de investimento continua baixa. Ou seja: apesar de sempre ter uma ponta de esperança e algum julgamento nesse emaranhado gerando a expectativa de que “agora vai”, a preço de hoje será mais um ano de vacas magras e poucas entregas.
Nona população e décima sexta arrecadação
Com a nona população do Estado, Petrópolis tem apenas a 16ª maior arrecadação. Nosso município está à frente de Friburgo e Teresópolis, mas atrás de praticamente todas as outras cidades do interior, como Volta Redonda (1,828), Resende (2,099), Macaé (2,179), Campos (2,304) e Angra dos Reis (5,037). Aliás, os índices mostram o porquê qualquer centavo no rateio do ICMS vira uma guerra fiscal. Até a hegemonia da capital nessa receita começa a ser ameaçada. O Rio tem um índice de 19,825 e Maricá, que tem crescido sem parar, chegou a 11,238 e aos poucos está encostando. Com um detalhe: uma população bem menor, de 210 mil habitantes. Dá pra fazer chover, ensolarar, ventar e mais o que Quaquá quiser.
Inventário
Não apenas Partisans, mas até integrantes do governo municipal estão quase criando uma contagem progressiva para cobrar a divulgação do inventário sobre os documentos que foram afanados do Centro Administrativo, caos que ainda desperta muita curiosidade dos servidores, curiosos e promotores.
Reforço no “time do bem”
Bem que Aloísio Barbosa, coitado, estava precisando. O líder do governo ganhou o reforço de Thiago Damaceno para defender a gestão. Cada vez mais integrado ao “time do bem”, o ex-presidente da CPTrans defendeu a gestão HH das críticas de Lívia Miranda. Ela afirmou que o governo parece Fusca velho: só vai no tranco depois de um empurrão. E o tucano elogiou a tentativa de o governo tentar fazer o carro pegar sem morrer na partida.
Resposta veemente
O Conselho Municipal de Turismo repeliu com veemência uma tentativa de se fazer politicagem com o seu fundo, instrumento criado para investimento em melhorias exclusivamente para a área – um dos principais vetores da combalida economia da cidade cujo campo de atuação atinge 15 mil pessoas. A nota foi um gesto de que terá reação qualquer tentativa de diminuir a importância do turismo ou de usar o turismo para fazer demagogia.
Em má hora
E isso tudo ainda mais agora, que o turismo está sofrendo um duro baque com o fechamento do Bar Bohemia. Fazer a roda da economia girar é fundamental para que a gente saia desse buraco – no limite, com repercussão até no ICMS…
Preocupação
O assassinato brutal de um taxista de mais de 80 anos no pleno exercício da sua função acende um sinal de alerta. Petrópolis ainda é a cidade mais segura do Estado, mas que casos como esse preocupam. E há entre muitas pessoas, principalmente em quem anda pelas comunidades, a sensação de que a segurança já foi maior. Um dos fatores que nem sempre é verbalizado, mas que chama a atenção, é o perfil do tráfico de drogas. Menos “local” e “artesanal” e com controle maior das facções criminosas da capital, inclusive com divisão territorial.
Lá como cá
E aliados do governador Cláudio Castro espalharam por aí que o governador quer aumentar os salários de cargos comissionados, que estariam congelados há mais de cinco anos. Com a voz da experiência, quem avisa amigo é: vai com calma porque isso pode dar ruim (e muito ruim) e criar um grande desgaste rapidinho…

Contagem
Estamos há 2 anos, 4 meses e 4 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.