Turismo na Bauernfest aquece a economia da cidade
A Bauernfest 2016 abriu o fim de semana em grande estilo. A cidade esteve lotada. A taxa de ocupação dos hotéis no Centro Histórico foi próxima de 100%, mas a movimentação não ficou restrita à festa do colono alemão, mas respingou, e muito, na Rua Teresa, bares e restaurantes do Centro, aquecendo a economia da cidade.
De acordo com Germano Valente, presidente do Sindicato dos Bares, Hotéis e Restaurantes e Similares de Petrópolis, a taxa de ocupação nos hotéis do Centro Histórico foi próxima de 100%. Já nos distritos, o movimento não foi tão grande e a ocupação hoteleira foi bem abaixo disso. Os bares e restaurantes do Centro também foram beneficiados pelo fluxo de turistas, mesmo que esses tenham vindo em cerca de 90% para a festa do colono alemão. Alguns estabelecimentos, inclusive, fizeram acréscimos nos cardápios de pratos típicos alemães – como a Casa D'Ângelo, que está servindo joelho de porco, salsichões de vitelo e bovino, chucrute e salada de batata apenas nos dias da festa. A experiência começou ano passado e deu certo.
O maître da Casa D'Ângelo, Marcelo Muniz Catunta, conta que desde sexta-feira o movimento foi intenso e o restaurante teve que contratar cinco garçons extra para o final de semana. “Pela movimentação que recebemos aqui está parecendo que este ano a Bauernfest recebeu mais gente que o ano passado”. O público é majoritariamente turístico, de várias cidades diferentes. Ele conta que a Casa recebeu uma caravana de 28 pessoas vindas da Região Sul do país, que passou o final de semana na cidade.
Como ninguém passa o dia inteiro na Bauernfest, no sábado a Rua Teresa esteve lotada de turistas que aproveitaram a estadia em Petrópolis para fazer compras no “shopping a céu aberto”, como é nacionalmente conhecido o polo de moda. “Todo mundo vendeu e aqueceu o movimento do comércio”, disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista Petrópolis (Sicomércio), Marcelo Fiorini. De acordo com ele, o movimento na Rua Teresa vem aquecendo há cerca de três finais de semana, quando o frio chegou de fato na cidade: “Já fazia uns dois anos que não tínhamos inverno mesmo. As pessoas estavam despreparadas e estão tendo que comprar roupas de frio”. Até por isso a expectativa dos comerciantes é muito positiva, não só pelo movimento trazido pala Bauernfest, mas porque os meses de inverno são alta temporada em Petrópolis. E neste ano, agosto ainda traz a Olimpíada.
É por essas e outras razões que Germano Valente afirma que é preciso que o povo petropolitano passe a ver o turismo como um pilar da economia da cidade. “Os petropolitanos, em geral, brigam muito, principalmente por causa dos congestionamentos gerados pela Bauernfest, mas não enxergam o tanto de dinheiro que esse tipo de evento traz para a cidade – não só para o setor hoteleiro, mas para toda a cidade”, comenta. Ele cita Blumenau – SC, onde ocorre a Oktoberfest, a festa alemã de 19 dias, durante os quais a cidade praticamente para. “Lá, eles fecham a principal rua da cidade durante os dias do evento e a população acha bom, reconhece como benefício para a cidade”.