A volta do Febeapá
Filho de Américo Pereira da Silva Porto e de D. Dulce Julieta Rangel Porto, Sérgio Marcos Rangel Porto, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de janeiro de 1923, e ficou famoso, anos depois, sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta. Escreveu o FEBEAPÁ – Festival de Besteiras que Assola o País, que tinha como característica simular as notas jornalísticas, parecendo noticiário sério. Antes de entrar no tema: “O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo, porque tem que dizer alguma coisa.” – Platão. “Quem fala com tolos perde as palavras; quem não fala com sábios perde a oportunidade” e “Todo mal vem da ignorância e todo bem do saber” – Ambas de Sócrates. Voltando ao nosso Stanislaw, podemos dizer que a sua fama foi alcançada em função do seu senso de humor refinado e a crítica mordaz. O FEBEAPÁ tinha representação total no cenário nacional. Pérolas e mais pérolas da ignorância, enfeitavam o quotidiano do brasileiro. Chegando aos dias de hoje, verificamos que pouca coisa mudou, deixando o FEBEAPÁ na “crista da onda”. Em Petrópolis: 1ª pérola – Me sentindo um pouco esgotado, fui ao Centro, procurar nas farmácias para comprar, o energético Ginseng. Quando entrei na primeira, um rapaz veio ao meu encontro e perguntou se eu precisava de ajuda. – Você tem Ginseng? – É uma marca de supositório? Perguntou ele. 2ª pérola – Dentro do gabinete: – O senhor não acha que pintar uma faixa não caracteriza uma ciclovia? – Uma ou duas não importa desde que dê para passar a bicicleta. 3ª pérola – Foi marcada uma Marcha de Proteção aos Animais para ocorrer no Centro Histórico. Para isso seriam distribuídas camisetas na sede de uma Ong que estava coordenando o encontro. Alguém foi pegar a camiseta e perguntou do balcão: – Está certo o churrasco após a caminhada para comemorar o evento? Certíssimo, responderam as pessoas presentes. 4ª pérola – Uma pessoa que andava pelas ruas do Centro Histórico ficou impressionada com o barulho emitido pelo apito de um guarda de trânsito que o usava quase que ininterruptamente. Assim ela perguntou ao guarda: – Você não acha que pode lhe fazer mal ao ouvido? Ele respondeu: – Não. Eu estou soprando com a boca. 5ª pérola – E por falar em barulho, outra pergunta feita não necessariamente ao mesmo guarda: – Não seria fácil reprimir a moto que estivesse com o escapamento aberto? – Depende, só se eu a estivesse vendo. 6ª pérola – Chegando a um super mercado uma pessoa perguntou: – O senhor tem champignon? – Chã o que? Respondeu o funcionário. – Champignon. – Procure no açougue. Fica no final do terceiro corredor. 7ª pérola – Numa reunião na CPtrans uma pessoa indignada com a ocupação das vagas de idosos e deficientes físicos por carros sem a devida autorização, relatou que saiu com o avô para passear no domingo e todas as vagas estavam ocupadas por veículos não autorizados. O representante respondeu: – Nos domingos todas as vagas estão liberadas para qualquer veículo. 8ª pérola – Uma comissão foi criada para substituir as charretes (Vitórias) por carros elétricos. Aí um lúcido participante da reunião perguntou: – Se é para ir de carro, não é melhor tomar um táxi? No cenário mundial: 9ª pérola – Um mineiro de férias estava em um estádio para assistir a um jogo de futebol. Quando os jogadores entraram, ele disse: – Uai, como é bonito esse corte de cabelo crina de cavalo. Até o Neymar tá usando! Vou cortá o meu assim. Infelizmente tenho um espaço restrito para escrever o artigo, mas, de qualquer forma, nem todo o jornal seria suficiente para transcrever as pérolas do FEBEAPÁ.
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