• A empatia e os fogos de artifício

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  • 22/01/2020 12:00

    No final do ano, um dos temas mais falados nas redes sociais foi em relação aos fogos de artifício. Até mesmo, tivemos a volta de um abaixo-assinado virtual solicitando o fim da soltura dos fogos com barulho. A campanha é intensa e vai muito além das questões relacionadas a causa animal. Principalmente, porque esses fogos atrapalham a vida de muitas pessoas: Idosos, autistas, enfermos. Muitos são aqueles que sofrem nos momentos em que deveriam estar comemorando.

    Não é algo incomum esse debate. Atualmente, existem alternativas, para a manutenção das festas com consciência e empatia. Os fogos sem barulho são uma realidade e são plausíveis para o uso em comemorações. Na coluna desta semana, não poderia deixar de manifestar o meu apoio ao encerramento da soltura dos fogos com barulho em nosso município.

    Infelizmente, a regra geral sobre a venda dos fogos é determinada pela federação. Mais precisamente, quem controla a venda destes artifícios é o Exército Brasileiro. Porém, o município tem sim o dever de legislar sobre a soltura em âmbito local. No final de 2018, apresentei a medida em forma de projeto de Lei que, infelizmente, recebeu um parecer contrário na Casa Legislativa, algo que impossibilitou que a medida fosse votada na Câmara. Porém, estudo, atualmente, maneiras de fazer com que esse anseio popular se torne realidade em nossa cidade.

    Acredito que a sociedade é uma evolução constante. Da mesma forma que os aplicativos podem mudar completamente a forma que é efetuado o transporte urbano, do mesmo modo que os serviços como Netflix podem substituir a forma que consumimos o audiovisual. Do mesmo modo que as charretes com tração animal podem ser substituídas por soluções tecnológicas… É desta mesma forma podemos comemorar com fogos que não geram transtorno para as pessoas e para os animais. Precisamos sempre evoluir e buscar a mudança.

    Enfim, fico feliz com cada pessoa que busca, compartilhando nas redes sociais e participando de abaixo-assinados, fico contente com todas as mensagens de apoio que recebo a este meu posicionamento. É deste modo, percebendo as demandas da sociedade e as vontades das pessoas, que podemos fazer uma política diferenciada.

    Na minha perspectiva, sempre deveria ser feito desta maneira. Em nossa posição, como representantes das pessoas, devemos sempre ouvir mais do que falar. Escutar os anseios das pessoas e buscar fazer políticas públicas para solucionarem os problemas que existem ao nosso redor. Acredito que, com esse caso dos fogos de artifício, o mesmo tipo de ação é necessário. Ou vamos continuar vivendo no passado? Vamos continuar não tendo empatia pelos outros seres vivos? Eu não acredito que deva ser feito desta maneira.

    Estamos no ano de 2020 e sinto que este momento é o período de mudanças. Devemos manter aquilo que está dando certo e mudar completamente o que já se demonstrou como equivocado e ruim. É claro que a sociedade anseia por mudanças e, como seus representantes, devemos ser os porta-vozes destas transformações.

    Enfim, que tal, este ano, nos unirmos na vontade de transformar o nosso meio? Podemos, com nossas atitudes, e com o exemplo, já começar essa transformação. E, claro, precisamos buscar em nossas lutas, nosso trabalho, criar formas de atender as vontades das pessoas que estão ansiosas por esse novo mundo que se apresenta nesta década que se inicia. O trabalho continuará! E, se depender de mim, os fogos silenciosos serão as novas charretes elétricas. Precisamos mudar! 

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