Obra inacabada faz água de esgoto escoar em pátio de escola no Atílio Marotti
Na Rua Atílio Marotti, no Quarteirão Brasileiro, os moradores estão convivendo com o despejo de esgoto a céu aberto. No trecho, onde há dois anos, a galeria de águas pluviais se rompeu causando o deslizamento de parte da rua, o esgoto está sendo depositado na mata. Quando chove, toda a água contaminada é levada para dentro do pátio do Liceu Municipal Carlos Chagas Filho. A obra de contenção da encosta que vinha sendo executada pela empresa MacPort Estruturas está paralisada há quase cinco meses por falta de pagamento da Prefeitura.
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Os equipamentos dos funcionários da empresa ainda estão no local. A Prefeitura deve cerca de R$ 100 mil, entre serviços que já foram executados e que ainda devem ser feitos, sem previsão de pagamento, a empresa paralisou a obra. O contrato firmado com a MacPort, em agosto de 2018, prevê a execução de contenção em cortina atirantada muro em gabião e recomposição de servidão pelo valor de R$ 400 mil. Dos serviços executados, segundo a empresa, ainda falta finalizar a recomposição da servidão.
Mas a reconstrução da galeria para captação do esgoto e águas pluviais, não está prevista no contrato e não tem previsão para ser feita. A moradora Dalva Maria Alves vizinha da obra, diz estar preocupada com a situação. Além do mau cheiro que tomou conta da rua, ela teme a contaminação. Com as chuvas fortes dos últimos dias, a água que desce de todo o bairro é canalizada para o trecho. Na obra, estava prevista a canalização das águas pluviais que passam pela rua, mas também não foi finalizada.
“Toda a água que desce do bairro entra na minha garagem. Agora temos que lidar com a infiltração na cozinha, na sala, na varanda. Vou ter que trocar o azulejo de toda a casa, mas de que adianta fazer isso agora se a obra nem terminou? Se continuar vai prejudicar a estrutura da casa”, lamentou a moradora Dalva.
Onde deveria ter uma manilha para captar o esgoto, há um tubo e um cone de sinalização de trânsito que foram improvisados como captadores. Há muita sujeira, ratos e baratas no local.
O trecho onde estava sendo realizada a obra, desmoronou em março de 2018, devido há uma forte chuva que rompeu as manilhas de águas pluviais. Os moradores do Atílio ficaram meses sofrendo as consequências. Com a interdição da via para veículos grandes, a abertura de uma via alternativa para tentar auxiliar na passagem, e finalmente a liberação da via principal em setembro do ano passado.
Segundo a empresa, a obra foi paralisada pela Secretaria de Obras para providências técnicas e financeiras, visto que, para conclusão da obra se fazem necessários constar oficialmente serviços adicionais não previstos na planilha orçamentária da obra. E que o término da obra, está condicionado às pendências técnicas e financeiras a serem solucionadas pela Secretaria de Obras.
A Prefeitura foi consultada sobre a paralisação da obra, a falta do pagamento a empresa e sobre a construção de galerias pluviais no endereço, e negou que a obra tenha sido paralisada. Segundo a Prefeitura, o muro de contenção foi concluído, o que permitiu fazer a liberação do trânsito normal em meados de setembro do ano passado. A servidão também já foi reconstruída. O último passo é a reconstrução da galeria de águas pluviais, que também é de responsabilidade da empresa contratada para o serviço. E disse que trabalha para que a obra seja finalizada o mais breve possível.