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Espetáculo circense “Resta 1” chega a Petrópolis para duas apresentações
O espetáculo de circo-teatro infantil “Resta 1” chega a Petrópolis para duas apresentações. A primeira delas acontece neste domingo (27), às 14h, na Praça da Liberdade. Já na segunda-feira (28), às 18h, a apresentação acontece na Praça da Inconfidência. Nas duas datas, também haverá oficina de circo e participação do “Poeta do Amor”, Alan Bastos, antes da peça. Todas as atrações são gratuitas e as apresentações contam com tradução em libras. A circulação inclui ainda outras localidades, como o distrito de Sana, em Macaé, além das cidades de Paraíba do Sul e São José do Vale do Rio Preto, em agosto.
Na história, uma dupla de palhaços, MortaNdela (Léo Gaviole) e Funil (Diego Marques) se veem obrigados a levar adiante o tradicionalíssimo Circo Bragança, após a morte do proprietário José Honório de Orleans e Bragança. Em meio a músicas e trapalhadas, eles precisam enfrentar o próprio medo quando aparece a assombração de Zé Caveira (Dalus Gonçalves), o espírito encarnado de seu falecido patrão, que não desapega do circo. Agora, eles têm mais uma missão: colocar a morte para dançar!
De acordo com Léo Gaviole, um dos responsáveis pelo argumento, a obra é a reflexão de dois palhaços que estão em busca do seu melhor e precisam lidar com seus próprios fantasmas. “Nós, atores, vivenciamos um processo revelador por meio da direção da palhaça Karla Concá. O desenvolvimento de criação nos levou à reflexão sobre estruturas cômicas do circo tradicional, buscando um novo sentido no desenrolar de cenas clássicas”, explica.
A concepção cênica convida à experiência de vida dos atores dentro da dramaturgia. O teatro de animação está presente com o boneco da morte, causando rebuliço no público que fica, ao mesmo tempo, apavorado e atraído por essa figura magnética. O cenário e figurinos trazem a referência do “Día de los Muertos”, festa mexicana que cultua os antepassados familiares já desencarnados, seguindo a paleta de cores e referências em adereços como flores, bandeirinhas, fitas e luzes coloridas.
A oficina livre ministrada ao longo da circulação é aberta a todos os públicos e pretende apresentar aos participantes técnicas circenses, como malabares, perna de pau e equilibrismo, dentro do conceito do básico e do lúdico, enfatizando que é por meio das brincadeiras que se aprende. As inscrições para a oficina são realizadas no local.
O projeto é produzido a partir de fomento do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc da Secretaria Estadual de Economia Criativa, no edital Fluxos Fluminenses.
Sobre os participantes
- Alan Bastos é poeta, PcD e petropolitano. Recebeu o título de Poeta do Amor, por conta dos poemas românticos sempre presentes em sua produção literária. Pertence à Confraria da Poesia Informal desde 2011, ano de sua fundação, estando presente no primeiro sarau realizado na Praça D. Pedro, misturando sua história à própria história da Confraria, que acaba de receber o título de Ponto de Cultura.
- Diego Marques é formado na Escola Técnica Estadual Martins Pena, é ator, músico e palhaço. Foi integrante da Cia Entreato, vencedora do prêmio Zilka Salaberry com o espetáculo “A incrível viagem da Família Aço”. Atualmente vive em Portugal e está no elenco do espetáculo “Renéias e Funil: Diretamente do Brasil”, já em circulação e com sua primeira participação do FestivalZ em Ferreira do Zezerê (PT).
- Léo Gaviole é Palhaço, Circense, Ator e Professor. Equilibrista no início de carreira, começou sua caminhada na Arte Circense com técnicas de Perna de Pau e Malabares, habilidades adquiridas na Escola Nacional de Circo/RJ, no ano de 2006. Formado em Arte dramática (em 2015 pelo ITB Petrópolis/RJ) e Pedagogia (UCP- 2020). Desenvolve pesquisa na arte do riso e palhaçaria como ferramenta de humanização do futuro profissional da saúde no Mestrado de Ensino das Artes Cênicas da UNIRIO.
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