• Entenda o que está por trás do apetite exagerado no inverno

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  • Médica explica como o descontrole alimentar pode impactar a saúde metabólica

    20/jul 09:30
    Por Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Divulgação

    As temperaturas baixas, registradas neste inverno, em Petrópolis, vêm acompanhadas também do aumento na sensação de fome. Percebido no dia a dia por muitas pessoas, esse efeito é respaldado por evidências científicas, tendo em vista a ativação de mecanismos fisiológicos e comportamentais. Para enfrentar a vontade excessiva de comer neste período, a médica Nathália Ventura, especializada em nutrologia, metabologia e endocrinologia, aponta os cuidados essenciais na alimentação e detalha os impactos na saúde.

    A busca inconsciente por alimento, de forma mais intensa durante os meses mais frios, é proveniente de alterações nos níveis de serotonina e dopamina, segundo a Dra. Nathália Ventura. De acordo com a especialista, estes neurotransmissores são associados ao prazer e também ao humor.

    “Com um menor tempo de exposição do corpo ao sol, essas substâncias no organismo tendem a cair. Com isso, o organismo começa a buscar compensações instantâneas, por meio da alimentação. No frio, podemos ainda destacar o aumento da liberação de grelina, que é o hormônio responsável pela estimulação da fome, reduzindo, consequentemente, a redução da ação da leptina, que sinaliza a saciedade”, explicou.

    Os alimentos normalmente procurados nesta época são os mais quentes e ricos em carboidratos e gorduras. Entre os principais, estão os doces, massas e queijos. Para a médica, é importante entender se o consumo está sendo realizado em resposta à real fome. Caso contrário, se for em resposta à emoção, é necessário um comportamento controlado, para não resultar em perigosos desequilíbrios na alimentação.

    “A busca compulsiva por alimentos específicos é um dos momentos de alerta. Comer rápido, sem a fome fisiológica, favorece o ganho de peso e, consequentemente, altera todo o metabolismo, trazendo riscos como o acúmulo de gordura visceral, aumento de resistência à insulina, piora no perfil lipídico e quadros de inflamação crônica”, detalhou a médica.

    Para escapar de desequilíbrios, a Dra. Nathália Ventura destaca estratégias práticas recomendáveis, como o consumo de sopas nutritivas com legumes e proteínas magras, chás naturais quentes e alimentos ricos em fibras, como chia, linhaça e aveia. Em contrapartida, a médica orienta evitar ingredientes como creme de leite ou bacon e manter horários regulares para as refeições.

    “É importante entender que o nosso organismo gasta um pouco mais de energia para manter a temperatura do corpo no frio. Porém, esse gasto é pequeno e não justifica o excesso de alimentos altamente calóricos. Aproveitando este período, também é aconselhável dormir bem, pois o sono influencia diretamente os hormônios da fome e da saciedade”, concluiu.

    Para dicas sobre o assunto, a médica elaborou gratuitamente uma série de vídeos, com informações que priorizam a saúde, através do Instagram @dranathaliaventura. Diariamente, perguntas são respondidas e instruções fornecidas às pessoas que buscam por tratamento. Atendimentos clínicos também são realizados, nas clínicas localizadas em Duque de Caxias e Petrópolis.

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