Minirreforma aprovada pela Câmara dá início a especulações sobre dança das cadeiras no secretariado

A minirreforma administrativa enviada pela Prefeitura na quarta-feira e aprovada em regime de urgência pelos vereadores já traz uma série de especulações sobre possíveis mudanças no secretariado da gestão Hingo Hammes. Nas bolsas de apostas da política municipal, voltou a ser especulada, com força, a possibilidade de Aloísio Barbosa reassumir a Secretaria de Saúde, voltando ao cargo que exerceu durante o governo interino, em 2021. A avaliação interna do governo é de que ele tem um perfil mais executivo – se saindo bem avaliado, inclusive, após o “teste” de 2021 – e menos dos embates que acabou participando enquanto líder do governo. Já na Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, é pule de dez que o nome escolhido será o de Guilherme Gonçálvez. O nome é próximo ao vereador Dudu, que tem muita influência na Companhia Estadual de Habitação (Cehab) e só não virou presidente com status de secretário estadual porque teria que renunciar ao mandato de vereador. Com o “link” entre Estado e município, haveria uma ponte para projetos e recursos para a área.

Outros projetos

Em meio ao furacão, acabou passando despercebido o pedido de exoneração de Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio, com atuação no Sesc e que ocupava o cargo de assessor especial do Gabinete do Prefeito. A saída teria sido amigável e em função de voos mais altos do empresário na representação da categoria.

Corrigenda

A leitura das mais de 70 páginas do projeto de reforma administrativa foi um show à parte. Como a leitura é extensa, chata e nossos nobres parlamentares já estavam com sono, eles tentaram se revezar. Quando chegou a vez de Tiago Guel, ele tentou dar um sambarilove e acabou, sem querer querendo, pular algumas páginas. Teve protesto da oposição e a leitura voltou do início. Quem estava na Câmara achou que não fosse terminar nunca.

Ctrl C + ctrl V

E o parcelamento do reajuste dos servidores, hein? 3% agora e outros 5% só em janeiro… Igualzinho o que Bomtempo fez em 2016, dando reajuste de só 2,3% quando era prefeito e empurrando os 6,2% para Bernardo Rossi (que não pagou, alegando penúria financeira, o que deu inclusive a maior encrenca na Justiça depois, que teve que ser acertada justamente pelo governo interino de Hingo Hammes).

Confuso

Como se não bastasse a polêmica com o pacotaço da Prefeitura, ainda teve confusão envolvendo o deputado federal Carlos Jordy e Aline Gonçalves (a ex-Tiririca), assessora do deputado. A Procuradoria da República acusou Aline de trabalhar em um salão de beleza em vez de atuar para o parlamentar. Aline, que foi candidata a vereadora pelo PRD e é conhecida por fazer barulho nas redes sociais, se defendeu em grupos de WhatsApp dizendo que esse trabalho teria sido feito em 2023, quando ela nem sequer conhecia Jordy. O deputado niteroiense, por sua vez, disse à Folha de São Paulo que tá tudo dentro dos conformes.

Interplanetário

E o presidente municipal do PSB, Marcus São Thiago, foi à público repudiar… o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil. Agora vai! Trump com certeza viu o vídeo, parou pra refletir, vai repensar a medida e, se bobear, ainda indica São Thiago como secretário-geral da ONU.

Chapeuzinho vermelho ou lobo mau?

A Império e a Bauernfest se posicionaram sobre o “chapeuzinho vermelho” da Brahma que foi o grande destaque da Festa do Colono Alemão. Elas afirmaram que a ideia prejudicou artesãos locais, o que a gente entende. Mas a alegação de que a distribuição foi irregular é estranha. O que impede a Brahma de distribuir um adereço dela que não tinha qualquer referência à festa, em suas dependências (já que a Bohemia é do mesmo grupo) ou nas ruas? De todo modo, a polêmica promete mais ações de marketing, mais brindes e mais disputa por espaço no ano que vem.

Contagem

Estamos há 2 anos, 2 meses e 12 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas. 

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.