• Galípolo repete que comunicação é relevante e destaca importância de falar com sociedade

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  • 09/jul 11:05
    Por Cícero Cotrim e Célia Froufe / Estadão

    O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, voltou a dizer que comunicação é cada vez mais um tema relevante para a autoridade monetária, durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. “O Banco Central era uma instituição um pouco hermética do ponto de vista de informar o que está fazendo e conseguir comunicar para a população”, afirmou, repetindo a avaliação sobre a importância de a instituição falar com sociedade.

    Ele ressaltou que, com o aumento da relevância das expectativas para a inflação, o BC passou a ter praticamente quase que um dialeto próprio. Para Galípolo, a autoridade monetária tem de dar transparência não apenas sobre assuntos ligados à política monetária, mas também sobre outras dimensões de suas atividades. O presidente citou combate à fraude, combate a golpes e novos serviços. “Tudo isso exige uma linguagem diferente e nova para o Banco Central poder alcançar e dialogar com a população. Para as autoridades monetárias, é relativamente novo isso, está todo mundo aprendendo no mundo como fazer isso”, explicou.

    De acordo com o banqueiro central, não se trata de uma característica do Brasil. Ele voltou a dizer que, até os anos 1990, mesmo o Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) não comunicava suas decisões de política monetária e a imprensa tinha que ligar para a Tesouraria do Fed para obter informações.

    Galípolo rejeitou a hipótese de que a autonomia operacional do BC possa ter diminuído a presença de porta-vozes da instituição no Congresso. Para ele, ao contrário, o BC precisa cada vez mais prestar contas de sua atuação. Por isso, de acordo com ele, busca-se cada vez mais uma linguagem acessível a vários públicos, e com transparência.

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