
Com sucessão de paralisações, crise da Turp põe em xeque sistema e afasta ainda mais usuários do transporte
Funcionários da Turp realizaram ontem nova paralisação, que durou algumas horas, após mais um atraso no pagamento dos salários. Assim como na manifestação anterior, o protesto começou em Itaipava e se espalhou por todas as linhas da empresa, que hoje opera de forma emergencial no Roseiral, Retiro, Quarteirão Brasileiro e em grande parte do Quitandinha. Se as empresas de ônibus alegam que há uma perda do número de passageiros nos últimos anos, a crise gerada pela Turp ao não honrar o compromisso com seus funcionários agrava o quadro. Afinal, quem pode usa o carro, que é mais confortável e, dependendo da distância, a diferença do preço da passagem (R$ 5,30, só para lembrar) não é tão grande assim na comparação com aplicativos de corrida. Fora a concorrência de mototáxis, que são realidade também por meio dos apps. Neste cenário, porque utilizar um sistema combalido, com risco de quebrar ônibus ou de ficar na mão ao longo do dia? Casos como esse afastam cada vez mais o usuário do sistema – e a culpa não é de quem está reivindicando direito.
Movimentos feitos à revelia do sindicato preocupam
E, mais uma vez, o Sindicato dos Rodoviários não demonstrou qualquer controle sobre o evento. Após a notícia da paralisação se espalhar, a representação oficial dos colaboradores informou que parte da diretoria estava se dirigindo ao Terminal Itaipava para entender a situação. A Prefeitura, depois, reafirmou posicionamento do primeiro protesto e afirmou que as empresas querem o aumento da tarifa e induziram os trabalhadores a protestarem, fato negado pela Turp – que, por sua vez, destacou que a greve é ilegal. Do campo jurídico isso tudo até pode fazer sentido, mas é preciso olhar para o lado mais fraco da história. A série de paralisações na verdade é a gota d’água que transborda o copo. Até porque absolutamente todos – empresas e Prefeitura – admitem que há uma crise. E mais: se faltava apenas 20% dos pagamentos com previsão de depósito para ontem, como a empresa mencionou, é mais uma prova de que os rodoviários merecem maior atenção. Eles deveriam, pelo menos, ser comunicados de forma transparente sobre o processo.
O exemplo e o legado
Partisans não podem deixar de homenagear Paulo Roberto Patuléa, que nos deixou ontem. Lutas e eventuais divergências políticas à parte, ele foi, até o fim, um exemplo de luta. Pelas suas convicções, pelos seus ideais e pela vida. Patuléa deixa uma obra importante para a cidade mas, sobretudo, um legado, que está presente em cada embate que travou, em cada ideia que teve e em cada palavra, sempre com otimismo e fé.
Coruja segue voando
Júnior Coruja segue voando. Amanhã o presidente da Câmara estará em reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De pouco em pouco, costura daqui, costura dali, como quem não quer nada e vai ganhando cada vez mais protagonismo. Numa dessa chega grande em 2026 – e, quem sabe, em 2028?
Coincidências acontecem
E a votação das emendas à LDO foi suspensa para uma discussão interna entre os vereadores. Coincidentemente, essa suspensão foi na mesma hora em que começou o jogo do Fluminense pelo Mundial de Clubes e esse importante debate interno só acabou quando o jogo estava lá para os 43 minutos do segundo tempo. Mas, como deu azar, os parlamentares não viram o segund… opa, quer dizer, não discutiram internamente a LDO durante o segundo tempo da partida.
Pod isso?
E parece que nossos políticos estão cada vez mais se aventurando no mundo da comunicação. Agora o vereador Dudu está se aventurando em um podcast. Na primeira edição, a mesa-redonda contou com Rodriguinho Bueno e Uilian Santos, suplentes de vereador do União Brasil, e Anderson Juliano, ex-vereador e presidente da Comdep.
Pós-guerra
E continua rendendo a eleição do PT, que elegeu para presidente Thiago França, súdito do xeique de Maricá, Washington Quaquá. Teve gente provocando a chapa derrotada e evocando até Paulo Mustrangi, que tá lá quietinho na dele fazendo macarrão. E a treta não para por aí: tá rolando acusação de filiação em massa às vésperas da eleição e compra de voto, prática também foi denunciada em outras cidades.

Contagem
Estamos há 2 anos, 2 meses e 3 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.