• PT derruba liminar que determinava a inclusão de deputada na eleição interna em MG

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  • 07/jul 18:21
    Por Guilherme Caetano / Estadão

    O Partido dos Trabalhadores conseguiu derrubar, nesta segunda-feira, 7, a decisão liminar que determinava a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin na eleição interna da legenda em Minas Gerais. A ação judicial paralisou o pleito no Estado e arriscou interferir no andamento do processo eleitoral do comando da sigla.

    Dandara havia entrado na Justiça para manter a candidatura à presidência do diretório mineiro, que havia sido negada pelo PT. O partido alega que o nome da deputada foi tirado da votação em razão do pagamento fora do prazo de uma dívida partidária de cerca de R$ 130 mil. O regulamento da eleição exigia que pendências financeiras fossem quitadas até 29 de maio, o que a parlamentar não fez.

    Dandara é apoiada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que foi líder do PT na Câmara e figura-chave dentro do partido na vitória de Lula em Minas Gerais na disputa presidencial de 2022. Lopes chegou a comparar a exclusão de Dandara da eleição interna à ausência de Lula no pleito de 2018 e aliados citaram um “golpe” na sigla.

    A liminar obtida por Dandara na primeira instância da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, na véspera do pleito, determinava que o PT tomasse as medidas necessárias para que a deputada participasse da eleição, em igualdade de condições com os demais candidatos.

    O diretório nacional do PT decidiu adiar a realização da votação do processo de eleição direta (PED) em Minas para atender à Justiça. O partido apontou “impossibilidade logística” de colocar o nome de Dandara nas cédulas eleitorais enviadas a cerca de 700 municípios mineiros.

    “O adiamento cumpre a decisão judicial de garantir igualdade de condições aos candidatos, sem prejuízo da defesa do diretório nacional no processo em referência que demonstrará a plena regularidade de todas decisões tomadas pelas instâncias internas do partido”, afirmou o PT.

    Nesta segunda, a decisão de segunda instância, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, reverteu o caso. Os dados sobre o processo eleitoral nacional, entretanto, ainda estão sendo consolidados.

    O ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva deve se eleger presidente nacional do PT após quase uma década de Gleisi Hoffmann, hoje ministra da Secretaria-Geral da Presidência da República, no comando da sigla. No início do ano, o senador Humberto Costa (PE) assumiu interinamente a cadeira de Gleisi quando ela foi nomeada ministra do presidente Lula.

    Edinho representa a continuidade do grupo de Lula no poder do PT, ainda que o ex-prefeito tenha sofrido resistência de Gleisi e seus aliados. A vontade de Lula prevaleceu, e a corrente majoritária do partido encampou a candidatura de Edinho.

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