• Problemas com salários e pedido para Câmara devolver R$ 4 milhões evidenciam penúria após perda do “ICMS a mais”

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 02/jul 04:23
    Por Les Partisans

    O dia ontem foi agitado nos corredores da Prefeitura. Se já havia sinais de que a penúria financeira persistia no município desde o início do ano, ontem a coisa complicou de vez e os sintomas da “penúria financeira” encontrada pela atual gestão nesses seis primeiros meses de governo se agravaram. O salário dos servidores aposentados não foi pago até o último dia do mês, como sempre ocorreu, funcionários da ativa também reclamaram que o depósito não havia sido feito em diversas secretarias e o Sepe pediu arresto judicial do pagamento (medida que permite a pagamento dos valores através de verbas até então carimbadas, como, por exemplo, recursos que chegam à cidade para obras do PAC). A crise começou ainda na gestão Bomtempo, com a perda dos recursos do ICMS “a mais” que se tornou uma guerra fiscal. Hoje, Petrópolis não tem acesso a esses recursos extras, possui uma baixa arrecadação e já começou a pagar o que foi recebido – e gasto – no período de bonança.

    Prefeitura pede devolução de R$ 4 milhões à Câmara para custear saúde

    Em meio a isso, a Prefeitura protocolou pedido de devolução de R$ 4 milhões por parte da Câmara ao município para custear a Saúde. Em todo o Brasil, uma parcela do Orçamento Municipal vai para o Poder Legislativo. O “duodécimo” varia de acordo com quantidade de habitantes e no nosso caso corresponde a 6% de tudo o que a cidade arrecada. Mas como as Câmaras basicamente só têm gastos administrativos, sempre “sobra” uma parte e, consequentemente, é comum que este valor seja devolvido para que a Prefeitura invista em áreas sociais. Em tempos passados já se fez o maior auê, com direito a checões simbólicos e muita festa. Mais recentemente, a coisa foi mais na encolha, mas essa devolução continuou acontecendo. O que pega agora é que mal terminamos o primeiro semestre. Esse tipo de ação geralmente é no fim do ano, quando falta fôlego financeiro. Se a Prefeitura já está pedindo esse dinheiro agora, é porque realmente a coisa tá feia. Mais detalhes sobre essa situação você confere hoje, nas páginas da Tribuna. 

    Abuso da boa vontade

    A Rua Marechal Deodoro deveria ser pública, mas o estacionamento virou área particular de carga e descarga do Pátio Petrópolis.

    Enquanto o cidadão comum tem que dar voltas e voltas e disputar a tapa uma vaga no estacionamento rotativo entre as ruas General Osório e Marechal Deodoro, o Shopping Pátio Petrópolis parece ter privatizado a área próxima à Praça Paulo Carneiro com a carga e descarga. Esse é um problema do shopping, que não previu isso no seu nababesco projeto, e não do cidadão petropolitano. Partisans, revoltados, se perguntam como uma obra nova, cara e demorada não previu um espaço de carga e descarga dentro de suas dependências.

    Novidade na telinha

    Falando em “penúria financeira”, o autor do célebre termo, o ex procurador-geral de Bomtempo, Miguel Barreto, está conciliando seus préstimos jurídicos com a energia em um novo projeto na área de comunicação. E Partisans boca de balde já contaram que um time de peso já está se articulando para colocar a ideia de pé e no ar.

     A turma do “quanto pior, melhor”

    Em meio à penúria financeira da Prefeitura e a apreensão de milhares de chefes de família com relação ao recebimento de seus salários, é no mínimo uma piada de mau gosto a fake news – muito da vagabunda, aliás, feita pelo ChatGPT na maior cara de pau – que circulou dando conta de que o pagamento dos servidores da Comdep só aconteceria no dia 10, o que foi negado pela empresa. Na ânsia de atingir a gestão, atacaram o servidor. Casos desse tipo merecem investigação e punição exemplares.

    Corre que dá tempo!

    E o comissionado acusado pelo Ministério Público de ser funcionário fantasma na Comdep entre 2022 e 2024 tá lá, com suas redes sociais abertas e mostrando, até hoje, seu engajamento com o trabalho… Na campanha eleitoral do ano passado. O print é eterno, mas corre que nunca é tarde para apagar!

    A ideia é boa, mas…

    O vereador Aloísio Barbosa propôs um programa para reduzir o tempo excessivo de crianças e adolescentes em relação a celulares e dispositivos móveis. A pauta super necessária e a ideia é ótima. Mas o nome do projeto é… “Petrópolis Desconectada”. Em um mundo cada vez mais digital e integrado e na cidade que recebe o Serratec? Sei lá, viu…

    Cozinhas comunitárias nas escolas

    Taí uma boa ideia do deputado estadual Yuri Moura que foi aprovada pelos seus pares. A Alerj derrubou veto do governador Cláudio Castro a um projeto do petropolitano que garante a utilização de cozinhas e refeitórios das escolas estaduais, nos períodos em que elas estejam ociosas, por entidades que combatem a fome. A lei ainda prevê que alimentos excedentes da merenda possam ser aproveitados, desde que não comprometam a alimentação dos alunos.

    Enquanto isso, no Rio…

    Eduardo Paes disse que não é candidato a governador (tá bom) e Rodrigo Bacellar, no meio do quebra-pau com a família Reis na Alerj, acabou esculhambando o próprio Cláudio Castro, depois de ter sido chamado de “xerife do Rio” pelo irmão do secretário estadual de transportes. Deve ter pouco problema real pra resolver no Estado.

    Contagem

    Estamos há 2 anos, 1 mês e 28 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas. 

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

    Últimas