
Justiça entre os dados técnicos e o clamor popular na discussão sobre o aumento da passagem de ônibus
A audiência convocada pela 4ª Vara Cível para debater a ação judicial que pode resultar no aumento do preço da passagem mostrou dois lados claramente opostos. Por um lado, empresas apresentam dados do Relatório Mensal de Operação da CPTrans para dizer que tá tudo quase 100% – para ser mais preciso, 98,4%, índice de viagens programadas efetivamente realizadas em maio. Elas se arvoram nisso para dizer que não há descumprimento de contrato que justificaria uma “punição” como o congelamento da tarifa. A Prefeitura, por sua vez, usa como argumento o sentimento da população. Hingo Hammes disse que a decisão de negar o aumento foi porque as empresas reduziram a frota e falharam em contrapartidas operacionais, mas o que a CPTrans mais argumentou foi a “ineficiência” e a insatisfação da população.
As verdades, as meias verdades e o que não é bem assim
As empresas usam os relatórios da CPTrans como escudo para defender uma suposta qualidade na operação. O índice mais relevante é o de viagens programadas que foram realizadas, sem falhas mecânicas. Este é um indicador. Mas não é o único e deveria ser meio que uma obrigação o ônibus não quebrar no meio do caminho. Para aferir qualidade, outros ingredientes deveriam entrar nessa sopa. O número de viagens, por exemplo, já é bem menor do que na época pré-pandemia, uma vez que a frota nunca foi recomposta desde 2020 e, além de ônibus, foram suprimidos horários e linhas inteiras. Sem falar na falta de qualidade e conforto de boa parte dos veículos. Mas, se tudo isso é verdade, também é preciso ter dados que traduzam em números a precariedade que a gente vê todo dia nas ruas. Questões como as que a gente mencionou, inclusive, são fáceis de rastrear e poderiam estar neste processo.
Férias ou folga?
E não é que Partisans tomaram um susto durante o último jogo do Flamengo contra o Los Angeles pelo Mundial de Clubes? Lá pelas tantas, câmera indiscreta da transmissão acabou mostrando ao mundo o supersecretário estadual Bernardo Rossi torcendo pelo Mengão. O jogo foi meio chocho, mas ele tava todo pimpão, feliz da vida. Com certeza deve ter sido só um happy hour após um longo dia de agendas super importantes em defesa do Meio Ambiente lá nos EUA…
Aí foi que a barraca desabou
Tá, beleza. O caso da tentativa de venda “por fora” das barracas licitadas para a Bauernfest virou escândalo, o acusado de tentar dar o golpe foi afastado, o caso vai virar investigação… Partisans aguardam as cenas dos próximos capítulos e acham que esse angu virou um escondidinho de caroço. Entre as coisas mal explicadas, por exemplo, está a própria “operação”. Se alguém queria “vender” as barracas, quem tentou comprar? O povo não sabia que o processo correto é feito por licitação? Não deu uma espiada no Portal da Transparência?
Barraca sem barraco
Logicamente, a sessão da Câmara repercutiu essa questão das barracas. Mas, apesar de a questão ser tiro, porrada e bomba, não teve tanto dedo na cara, confusão e gritaria, só uma discussão relativamente morna para os padrões mais recentes da casa.

Foguete não dá ré
E Dudu tá que não se aguenta com a esperança de Petrópolis recuperar o ICMS a mais. Disse que a miragem “está mais perto hoje do que ontem e amanhã estará mais perto do que está hoje”, agradecendo a Cláudio Castro, Rodrigo Bacellar e mais uma galera. Será que agora vai?
Me ajuda a te ajudar
Tão tradicional quanto a Bauernfest é motorista irritado com tudo que envolve o carro. A Sinalpark, por exemplo, já não é tão querida pelos populares em dias normais e é ainda mais xingada, até a 15ª geração, pela “esticada” na cobrança até 22h durante a Festa do Colono Alemão. O pior é que, para evitar a multa, a pessoa até tenta pagar, mas… Encontra um monte de parquímetro quebrado e, em muitos lugares, o único sinal de que os “amarelinhos” estão por perto é o aviso de multa no para-brisa.

Contagem
Estamos há 2 anos, 1 mês e 22 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.