• Tarcísio canta com bandeira de Israel em Marcha para Jesus: ‘Praga vai embora’

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  • 19/jun 20:37
    Por Geovani Bucci e Adriana Victorino / Estadão

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cantou louvores e subiu no trio elétrico com uma bandeira de Israel nas costas durante a 33ª Marcha para Jesus nesta quinta-feira, 19, na capital paulista. Considerado pré-candidato à Presidência da República em oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarcísio foi muito festejado e, durante discurso no palco, abordou o “arrependimento por nossos caminhos”.

    “Hoje é o dia da reconciliação. É o dia de louvar, de agradecer, de se humilhar, de orar, de pedir perdão pelos nossos caminhos. E aí, a praga vai embora. O mal se afasta. A gente se reencontra com a prosperidade. A gente se reencontra com a bênção”, disse o governador. “É um dia de reconciliação, de buscar perdão. E se a nação sucumbir à idolatria e à corrupção?”, questionou.

    A declaração ocorreu nesta tarde em clima de festa religiosa de maioria evangélica e forte mobilização de fiéis, com público estimado de 2 milhões pela organização. O evento reuniu trios elétricos, músicas gospel e bandeiras de Israel, em meio à recente escalada de tensão com o Irã. A multidão, entusiasmada, entoou “parabéns” ao governador após o anúncio da sanção. Hoje é seu aniversário de 50 anos. Durante o evento, Tarcísio foi chamado de “um projeto de Deus” pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, organizador do evento.

    Em discurso marcado por referências bíblicas, Tarcísio evocou o trecho de Crônicas 7:14: “Deus responde à oração de Salomão: ‘Se o povo se humilhar, orar e se arrepender, eu ouvirei do céu e sararei a sua terra'” Para ele, muitas vezes, a falta de prosperidade não vem de causas materiais. “A gente pensa que é porque a terra está seca, que veio a praga, o gafanhoto… mas, muitas vezes, é porque está faltando reconciliação”, disse.

    Além da Marcha, o governador anunciou a sanção de outra medida simbólica para o segmento evangélico: “Estamos sancionando, aqui e agora, a lei que torna o Renascer Praise (principal organizadora da Marcha) patrimônio cultural e imaterial do Estado de São Paulo. Essa é uma iniciativa do deputado Eduardo Nóbrega e também do Gil Diniz”, afirmou. “A primeira é a lei que torna a Marcha para Jesus patrimônio cultural e imaterial do Estado de São Paulo. E a segunda torna a Igreja Renascer em Cristo também patrimônio cultural e imaterial do Estado.”

    Lula

    Entre as autoridades presentes estavam o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB), o secretário de Relações Institucionais, Gilberto Kassab (PSD); o apóstolo Estevam Fernandes (líder da igreja Renascer); os deputados federais Tenente-Coronel Zucco (PL-RS) e Altair Moraes (Republicanos-SP); o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB); e o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi. Também estavam o deputados estaduais André do Prado (PL) – presidente da Assembleia Legislativa, Gil Diniz (PL) e Eduardo Nóbrega (Podemos).

    O presidente Lula foi convidado para a Marcha, mas não compareceu. O chefe do Executivo lamentou afirmando que “compromissos de governo me impedem de estar presente fisicamente nesta edição”. Em comunicado, o presidente parabenizou o apóstolo Estevam e a Bispa Sônia e relembrou ter sancionado, em 2009, a lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

    Lula afirmou ainda que a Marcha o fez lembrar de Davi, “no propósito de unir o seu povo” e disse que a fé da população “inspira todos os dias o nosso governo na missão de reconstruir o Brasil”.

    “A Marcha para Jesus tem cumprido esse mesmo papel: unir corações em torno da fé, fortalecer o espírito de comunidade, e mostrar que o louvor a Deus é caminho de reconstrução, não só espiritual, mas também social”, disse.

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