
Apreensões de motos irregulares em Petrópolis crescem 44% em 2025 na comparação com o ano passado
Ontem nós noticiamos que o trânsito da cidade deu um nó por conta de uma grande operação das forças de segurança para coibir motos irregulares. E os dados oficiais mostram que o cerco de fato está se fechando para quem não está com os veículos regularizados. Dados divulgados pela Prefeitura mostram que, somente nos cinco primeiros meses deste ano, 245 motos foram apreendidas. Em todo o ano passado, foram 412 apreensões. Ou seja: em cinco meses, as forças de segurança já alcançaram 59% do resultado obtido durante todo o ano de 2024. A média até agora é de 49 motos apreendidas, contra 34 do ano passado, representando um crescimento de 44%.
Ordem urbana e os direitos do trabalhador
As operações para apreender as motos têm o objetivo de coibir ações como aquele escapamento escandaloso que tira o sono e a paciência dos moradores, além do “randandan” – quando os motoqueiros abusam da boa vontade, inclusive durante a madrugada, para “tirar uma onda”. As forças de segurança, com o apoio de entidades como CDL, Sicomércio, PCVB, SindTurismo e Acep, realizam campanha para sensibilizar comerciantes e motociclistas contra as motos barulhentas. É o típico caso em que o justo acaba pagando pelo pecador: em muitos casos, a pessoa só está fazendo o seu serviço, mas está com o IPVA atrasado – às vezes até por não conseguir pagar mesmo, em função da crise econômica. E aí as pessoas se penalizam com o trabalhador que só teria esse meio de fazer seu dinheiro honestamente, defendendo uma espécie de vista grossa para este tipo de coisa. Partisans entendem o argumento, mas precisam ressaltar que essa é a regra do jogo e todos estão sujeitos a ela.
Papel importante
Vale aqui fazer o registro: os motoboys (não os motoqueiros) têm tido um papel muito importante para a sociedade, seja no trabalho diário ou em situações excepcionais como a resposta à tragédia das chuvas de 2022, quando a agilidade na entrega de alimentos foi fundamental naquele primeiro momento de resposta.
Continua a bagunça
Falando em ordem urbana, moradores de Corrêas suplicam por uma olhada com mais atenção para a praça do centro do bairro. Além dessa questão das motos irregulares, o transporte clandestino de passageiros tem tirado o sossego dos moradores, assim como a presença de vendedores ambulantes nas calçadas. Uma abordagem da Assistência Social para acolher pessoas em situação de rua também está sendo solicitada.
Município também descuida do patrimônio
Partisans lembraram do descaso com o patrimônio histórico e cobraram do Governo Federal. Mas essa conta é do município também: a sede da própria Prefeitura, na Avenida Koeler, está bem caidinha – o prédio anexo, então, vixe, tá em petição de miséria. E a reforma da Câmara? Do jeito que vai, não termina no século XXI. E, até agora, foi só emergencial, não valorizou o conjunto arquitetônico.
Diagnóstico certeiro
“O transporte atualmente, para ficar ruim, tem que melhorar muito!” A frase poderia ser de alguma liderança comunitária presente à reunião com a CPTrans para discutir melhorias no sistema de ônibus, mas saiu do próprio presidente da Companhia, Luciano Moreira. Não que a gente discorde, pelo contrário. Mas, se ele acha isso, imagine o usuário da Turp Ita…
Comissão interna para organizar Bauernfest
Em meio à criação de uma comissão externa para fiscalizar a realização de eventos, criada pela Câmara, a Prefeitura resolveu mexer. Ontem, foi realizada a quarta reunião para discutir a organização de eventos em Petrópolis, começando pela Bauernfest. O comitê foi montado pelo Gabinete do Prefeito e conta com as secretarias e instituições afetas à organização. Comerciantes do entorno, como os das ruas 13 de Maio e 7 de Abril, também foram chamados para colaborar.
Direito do consumidor
Uma novidade deste grupo de trabalho interno da Prefeitura é a inclusão do Procon, o que faz sentido. Além da relação de consumo em todos os eventos, o órgão municipal têm um papel importante em determinadas situações, como ocorreu no reembolso dos ingressos do Crazy Park após a tragédia que matou o menino João Victor e fechou o parque, durante a Expo Petrópolis.
Vamos sobreviver até o fim do ano?
O primeiro semestre mal acabou e a penúria financeira (termo imortalizado em prosa, verso e ação judicial pela gestão anterior) já tá aí de novo, com atraso de salários em tudo que é lugar: RPAs da Educação e da Defesa Civil, auxílio moradia dos profissionais do Mais Médicos… E deve piorar, já que a arrecadação sempre cai no segundo semestre. Quais são as medidas para sobreviver? Como vamos chegar até lá? Isso precisa ser respondido com urgência.

Contagem
Estamos há 2 anos, 1 mês e 14 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.