
Amigos e amigos
Afinal, o que possa ser caracterizado como uma boa e sincera amizade?
Já escrevi sobre este assunto, todavia, com o transcorrer do tempo nosso conceitos mudaram à luz da longa experiência de vida e bem assim a convivência com os nossos próximos.
Para mim, sem sombra de dúvidas, penso que possa vir a prevalecer, em primeiro plano, a confiança entre duas pessoas.
A confiança, se formos considerar ainda tantos outros condicionamentos que possam também virem a configurá-los como provas de amizade, caracterizando-as como um bem eterno advindo das Alturas.
Ressalte-se que um relacionamento entre pessoas de caráter firme e profundo, certamente poderá propiciar eternas amizades, admitindo-as, até mesmo como se irmãos fôssemos.
A confiança é fator que também segue acompanhada por tantas outras características que ajudam a consolidá-la.
Destaco, em especial, a lealdade que deva permanecer viva entre amigos, muito embora já haja sido alvo de decepções, felizmente não muitas.
Todavia, a vida, ou melhor, a “escola da vida” tem nos mostrado que amizades recentes vieram a se tornar como boas e sinceras, a meu juízo, sem que tenhamos receio de estar errando.
Meu pai, talvez decepcionado como algum amigo que lhe tivesse causado desgosto, e só por isso mesmo, vez que foi sempre amigo de seus muitos amigos, em determinado momento da vida escreveu:
“Amigos, são como aves de arribação;
Se fez bom tempo, eles vêm;
Se fez mal tempo
Eles se vão”!
Homem, bom poeta, de coração puro, em tempo, quiçá melhor meditando, assim escreveu:
“Quando sincera, amizade,
à medida que envelhece,
é inconteste verdade:
Cada vez, mais ela cresce”.
Muitos ainda consagram o entendimento de que a amizade deva estar lastreada na sinceridade a ser construída ao longo do tempo.
Na verdade, o mais importante para que as amizades floresçam e dêem resultados, que saibamos compreender a maneira de pensar e de agir de cada um, consequência de diferenças e individualidades entre pessoas.
Também, o que pretendo deixar aqui enfatizado está relacionado no tocante às recentes amizades, com os quais tenho convivido prazerosamente, sem que não nos esqueçamos dos “velhos” amigos, amizades carinhosas que certamente perdurarão pelo resto de nossas vidas.
Para encerrar vale o pensamento do escritor Willian Rotsler quando assevera “que raro e maravilhoso é esse fugaz instante onde nos damos conta de que descobrimos um amigo!”
Entretanto, vale relembrar o provérbio turco que é sábio, vez que “quem procura um amigo sem defeitos fica sem amigos”.
Acolhamos pois, os nossos amigos dedicando-lhes toda atenção, ressaltando-lhes as qualidade e jamais apontando defeitos porquanto todos nós os temos.
Já há algum tempo ganhamos de presente um casal que muito apreciamos, além do filho que seguiu a transitória do pai.
A nossa admiração, respeito e gratidão aos mesmos.
Estão bem pertinho de nós e sempre alerta e quanto ao filho, rememoremos o ditado “de quem puxa aos seus não degenera”.
Saudemos nossos amigos, até porque como é bom os tê-los.