• Comerciantes do Bingen relatam aumento da criminalidade na região

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  • 09/jun 08:37
    Por Wellington Daniel | Foto: Wellington Daniel/Tribuna de Petrópolis

    Comerciantes e moradores do Bingen relatam aumento da criminalidade no bairro. A Tribuna de Petrópolis esteve no local no último sábado (07) e ouviu relatos de furtos, assaltos e até uma suposta tentativa de sequestro. A Associação do Centro Comercial 17 deve se reunir com o 26º Batalhão da Polícia Militar para cobrar reforço no policiamento.

    Enquanto os relatos se multiplicam, a 1ª Companhia da Polícia Militar, situada na Rua Ministro Lúcio Meira, permanece sem funcionamento. No sábado pela manhã, quando a reportagem esteve no local, não havia nenhum agente presente. Do lado de fora, latas de lixo reviradas evidenciavam o abandono da estrutura.

    A reportagem também observou uma viatura da Polícia Militar parada entre as ruas Lúcio Meira, Paulo Hervê e Galdino Pimentel. Uma moradora que vive há 12 anos no bairro, e preferiu não se identificar por segurança, disse que durante o dia há patrulhamento esporádico. À noite, porém, o local fica desassistido.

    “Na cabine, não fica policial à noite. Isso aqui fica morto de noite. É um perigo”, afirmou. A moradora também trabalha em uma loja da região e acredita que os criminosos observam os horários de menor movimento para agir. Segundo ela, os furtos são frequentes nos períodos mais vazios.

    Viaturas até fazem patrulhamento durante o dia, mas moradores pedem reforço da segurança à noite.
    Foto: Wellington Daniel/Tribuna de Petrópolis

    Outra comerciante, da região conhecida como “17”, contou que furtaram um carrinho de mão de sua loja. O objeto foi encontrado dias depois no Manoel Torres, já próximo ao acesso para o Quitandinha. Um dos casos mais graves, segundo ela, foi a tentativa de sequestro do dono de uma loja. A vítima conseguiu escapar.

    “Nós vamos pedir câmeras de monitoramento e uma cabine da polícia aqui”, relatou a comerciante.

    Os prejuízos se estendem desde a entrada da cidade, na Lúcio Meira, até as proximidades do Hospital Santa Teresa. Em um dos pontos, há relatos de furto de baterias de carros estacionados.

    Dados confirmam aumento da criminalidade

    De acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), houve aumento de crimes no primeiro quadrimestre deste ano em toda a cidade de Petrópolis. Os furtos subiram 17,8% em relação ao mesmo período de 2024, passando de 450 para 530 registros.

    Embora o total de roubos tenham tido um registro a menos, de 45 para 44 casos, alguns tipos tiveram aumento. O roubo de carga, por exemplo, que não havia sido registrado entre janeiro e abril de 2024, teve dois casos em 2025. Já os roubos a estabelecimentos comerciais dobraram, passando de dois para quatro registros.

    As ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas também cresceram, com alta de 33,1% — de 142 para 189 casos. Os estupros aumentaram 26,83%, passando de 41 para 52 registros, segundo o ISP-RJ.

    Resposta das forças de segurança

    A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e com o programa Segurança Presente. Até a última atualização, o programa não havia respondido. Já a PM informou que atua na região com ações de combate a furtos e roubos, empregando viaturas, motopatrulhas e efetivo em abordagens e revistas sistemáticas (veja a nota na íntegra ao final da matéria).

    Leia a nota da Polícia Militar na íntegra:

    “Crimes de sequestro devem tornar-se objeto para procedimento investigativo.

    A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que o 26° BPM atua na região com o objetivo de combater os roubos e furtos de rua, com o emprego de viaturas e motopatrulhas e policiais realizando abordagens e revistas sistematicamente.

    A unidade, por meio de seus setores de inteligência, trabalha para identificar e prender os criminosos envolvidos nesses crimes. Vale mencionar que os casos citados pela equipe de reportagem se enquadram nos considerados delitos de oportunidade, quando os criminosos se aproveitam de brechas no roteiro de policiamento para cometer os furtos.

    Em caso de situações de flagrante prática de crimes, os envolvidos serão presos e conduzidos às delegacias da área.”

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