Marcas menos conhecidas de arroz têm preços melhores em Petrópolis
A inflação, medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), acelerou 0,82 ponto percentual, passando de 0,6% para 1,42% entre maio e junho deste ano. Os números foram divulgados, dia 15 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). O mesmo instituto constatou que o Ímdice de Preço ao Consumidor Semana (IPC-S) de 15 de junho de 2016 apresentou variação de 0,45%, 0,14 ponto percentual abaixo da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,60% para 0,29%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do itemhortaliças e legumes, cuja taxa passou de -0,32% para -4,30%.
Apesar dos dados do Instituto que aponta uma redução ou controle da inflação, o consumidor ainda não percebe isto na compra que faz nos supermercados da cidade. A pesquisa semanal realizada pela Tribuna mostra que alguns produtos de marcas conhecidas, como arros Tio João continua alta, numa média de R$ 18. No entanto, o consumidor que não se importa com a marca tem a oportunidade de buscar melhor preço com marcas menos conhecidas e nem populares, como o arroz Outro Branco.
Com o resultado de junho, a taxa acumulada do primeiro semestre do ano ficou em 5,34%, enquanto a dos últimos doze meses (a taxa anualizada) acumula alta de 11,85%. Em junho do ano passado, a taxa variou 0,57%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
A alta de junho foi determinada pela elevação dos preços ao produtor, com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subindo 1,89%, uma alta de 1,25 ponto percentual em relação a maio, quando o aumento foi de 0,64%.
O levantamento da FGV indica que o grupo do segmento de Bens Finais passou de 0,26% para 0,51% entre maio e junho, pressionado pelo subgrupo Bens Finais, onde houve variação de 0,51% em junho ante 0,26% de maio. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa foi de uma deflação (inflação negativa ) de 0,55% para uma alta de 0,8%. O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 1,26%. No mês anterior, houve deflação de -0,11%.
A maior alta entre maio e junho veio do grupo Matérias-Primas Brutas. Houve variação de 4,23%, resultado 2,25 pontos percentuais superior ao de maio (1,98%). Contribuíram para a aceleração do grupo os itens soja em grão, que passou de 7,22% para 15,98%; milho em grão, de 6,47% para 8,7% e suínos (de -6,13% para 7,73%).
Já os itens que compõem o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acusaram variação de 0,49%, em junho, uma queda de 0,11 ponto percentual em relação ao resultado de maio (0,6%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice tiveram queda em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,53% para 0,98%).
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (de 0,79% para 0,22%); Transportes (0,11% para -0,25%); e Vestuário (0,81% para 0,71%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também fechou junho com aceleração de preços. Variação de 0,49% ante 0,33% de maio. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve variação de 0,14%, mesmo percentual do mês anterior, enquanto o índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,81%, contra 0,49% do período imediatamente anterior.