• Mais de 15 milhões de consumidores foram vítimas de fraudes financeiras em 2024

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  • 18/maio 07:00
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Reprodução

    A cada dia, surgem novos golpes financeiros que exigem atenção redobrada da população. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, revela que 41% dos entrevistados foram vítimas de fraudes ou tentativas de fraude em instituições financeiras nos últimos 12 meses — o equivalente a cerca de 15,5 milhões de consumidores. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, associada à CNDL, o levantamento mostra que os golpes andam na contramão dos recursos tecnológicos que facilitam as vendas, criando insegurança entre os consumidores.

    Entre os principais golpes relatados estão o pagamento antecipado por produtos ou benefícios que nunca foram entregues (5%), transferências para compras de anúncios falsos em redes sociais clonadas (4%), clonagem de cartões de crédito ou débito (3%), uso indevido de PIX por criminosos que se passam por contatos conhecidos (3%) e transações não autorizadas em contas bancárias (3%).

    “A sofisticação dos golpes é um dos pontos que mais preocupa. Hoje, os criminosos utilizam até inteligência artificial para simular a voz e a imagem de pessoas conhecidas, criando um cenário convincente para enganar o consumidor. É fundamental redobrar os cuidados antes de qualquer pagamento ou transferência”, alerta o presidente da CDL Petrópolis, Claudio Mohammad.

    Após serem enganados, 28% dos consumidores tentaram negociar com a instituição ou pessoa envolvida, outros 28% entraram em contato com a administradora do cartão, 18% registraram boletim de ocorrência e 15% buscaram auxílio em órgãos de defesa do consumidor.

    Apesar dos esforços, 38% afirmam não ter conseguido recuperar os valores perdidos. Por outro lado, 61% conseguiram, sendo que 30% recuperaram todo o valor e 21% apenas uma parte. Além da perda financeira, 27% dos entrevistados ficaram com o nome negativado, e a mesma proporção precisou acionar a Justiça para resolver a situação. Em 42% dos casos, houve contratação de advogado ou empresa especializada.

    Entre as medidas adotadas para evitar golpes, os consumidores destacam atitudes como não compartilhar dados pessoais sem necessidade (64%), desconfiar de promessas de dinheiro fácil (55%), evitar contatos com desconhecidos (53%) e não cair em ofertas com preços muito abaixo do mercado (51%).

    “É fundamental que o consumidor mantenha seus dados protegidos, utilize senhas fortes e nunca forneça informações pessoais por mensagens ou ligações de origem duvidosa. Monitorar o CPF com regularidade também é uma forma eficaz de identificar possíveis fraudes. E os lojistas têm um papel importante nesse cenário: precisam investir em canais de comunicação seguros e em processos que protejam tanto seus negócios quanto seus clientes. A prevenção é sempre o melhor caminho”, destaca Claudio Mohammad.

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