• Bombeiros dizem que parque descumpriu regras da autorização; empresa se defende

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  • 05/maio 18:30
    Por Wellington Daniel | Foto: Reprodução/Redes Sociais

    O Corpo de Bombeiros informou, nesta segunda-feira (05), que, após o acidente com a morte de um jovem de 19 anos no último sábado (03), constatou que o Crazy Park estava em desacordo com o projeto aprovado pela corporação. Com isso, o local foi interditado e os responsáveis notificados. O parque de diversões estava instalado no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava.

    À Tribuna, a equipe jurídica do Crazy Park apresentou a notificação da corporação. Nela, é apresentado que o número de extintores estava em número incompatível com a autorização, os geradores não estavam com cercamento conforme exigido e existiam pontos de energia elétrica expostos.

    A empresa explicou que, em relação ao gerador, a situação se deu, pois as grades foram colocadas para isolar o local do acidente. Com isso, também ficaram alguns fios expostos. Já o número de extintor aprovado, segundo o Crazy Park, era de 16 e foram encontrados 12. Para o parque de diversões, os quatro itens faltantes podem ter sido furtados.

    “Mas, no início da operação, tinham 16”, explicou o advogado Giuliano Vettori. “Temos 60 dias para adequar, mas não vamos, porque já está em processo o pedido de desmontagem”, concluiu, afirmando que a desmontagem só será feita após autorização da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

    A Tribuna de Petrópolis teve acesso ao certificado de despacho deferido pelos bombeiros para Petrópolis. Dois engenheiros assinam como responsáveis, sendo um elétrico e outro mecânico e de segurança do trabalho. A autorização foi assinada em 17 de abril de 2025, com validade entre os dias 18 de abril e 17 de julho.

    Ambas as autorizações perderiam validade em caso de instalações elétricas em desacordo com as normas, montagens e eventos realizados que não estejam mencionados na autorização ou superlotação.

    Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que a autorização foi emitida após o cumprimento, à época, das exigências legais e pertinentes. Dentro do que é solicitado, estão os documentos em que o representante legal do estabelecimento apresentou, no processo de regularização, sendo estes atinentes ao Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, inclusive as certidões de responsabilidade técnica emitidas por profissional privado devidamente habilitado.

    O acidente aconteceu no brinquedo “Expresso do Amor” e causou a morte de João Victor Souza Trindade da Silva, de 19 anos, morador de Miguel Pereira. Segundo as primeiras informações, o jovem teria sido arremessado do brinquedo. Outras duas jovens ficaram feridas, foram levadas para a UPA de Itaipava e já receberam alta.

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