• Papa Francisco gravou álbum de rock progressivo com 11 faixas; ouça ‘Wake up!’

  • 22/abr 10:49
    Por Ingrid Rodrigues / Estadão

    O papa Francisco, que morreu na madrugada desta segunda-feira, 22, ficou conhecido pelo perfil progressista e por adotar posturas mais abertas à diversidade dentro da Igreja Católica. Entre seus gestos menos convencionais, está a participação em um álbum lançado em 2015, que mistura mensagens do pontífice com arranjos de rock progressivo.

    O disco, chamado Wake up!, reúne trechos de sermões em diferentes idiomas – entre eles, português – acompanhados por composições criadas por músicos italianos. A faixa Wake up! Go! Go! Forward!, a primeira a ser divulgada, usa uma fala de Francisco feita na Coreia do Sul em 2014 e traz um instrumental que remete ao rock dos anos 1970.

    A ideia foi do produtor Don Giulio Neroni, que já havia trabalhado com os dois papas anteriores. À revista Rolling Stone, ele explicou que o projeto buscava refletir a postura de Francisco como um papa do diálogo e da escuta, conectando a música contemporânea à tradição dos hinos religiosos.

    Entre os autores das faixas está Tony Pagliuca, ex-integrante da banda italiana de rock progressivo Le Orme. As composições foram pensadas para ampliar o alcance das mensagens do pontífice, sem deixar de lado o conteúdo espiritual.

    Apesar de outros papas também terem lançado registros musicais, Francisco foi o primeiro a explorar o gênero com tanta liberdade. O álbum chegou à 50ª posição na parada cristã dos Estados Unidos e ficou em 4º lugar na categoria world music.

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    A morte do papa Francisco

    O papa Francisco morreu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, conforme divulgou o Vaticano ainda durante a madrugada. Um acidente vascular cerebral (AVC) e colapso cardiocirculatório foram a causa da morte, segundo o boletim médico divulgado na tarde de segunda pelo Vaticano.

    O argentino morreu menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia bilateral. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.

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