• Estado de São Paulo confirma 1º caso de sarampo de 2025

  • 17/abr 20:35
    Por Redação / Estadão

    A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou nesta quinta-feira, 17, o primeiro caso de sarampo no Estado em 2025. O local provável de infecção está em investigação.

    O paciente é um homem de 31 anos, com residência na capital paulista. Ele estava vacinado e não houve necessidade de internação. Segundo a pasta, ele já está recuperado e sem sintomas da doença.

    “Todas as medidas de controle e prevenção já foram iniciadas, em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo e com o Ministério da Saúde”, diz a SES. O último caso autóctone do Estado foi confirmado em 2022.

    A confirmação não é a primeira reportada neste ano no País. Em março, dois casos foram registrados no município de São João de Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro. À época, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que elas haviam recebido alta medica e passavam bem.

    Sintomas da doença

    O sarampo é causado pelo Morbillivirus e pode ocorrer em qualquer idade, com potencial de gravidade maior nas crianças abaixo de um ano, nos imunocomprometidos e em pessoas desnutridas.

    Os principais sintomas são manchas vermelhas no corpo e febre alta (acima de 38,5 °C). Também é comum o paciente apresentar tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso.

    Complicações

    O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida. Algumas das complicações são:

    Pneumonia

    Cerca de uma em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, principal causa de morte associada à doença entre os pequenos.

    Otite média aguda (infecção no ouvido)

    Ocorre em aproximadamente 10% das crianças com sarampo e pode resultar em perda auditiva permanente.

    Encefalite aguda (inflamação no cérebro)

    A cada 1 mil crianças com sarampo, entre uma e quatro podem desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer.

    De acordo com o ministério, a cada 1 mil crianças doentes, entre uma e três podem morrer em decorrência de complicações da doença.

    Vacinação

    A vacina tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível de forma gratuita nas unidades básicas de saúde (UBSs) de todo o Brasil.

    Todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade estão aptas a receber o imunizante, sendo recomendadas duas doses até 29 anos e uma dose de 30 a 59 anos, em pessoas não vacinadas. Quem nunca tomou ou não lembra se tomou a vacina na infância pode repetir a aplicação.

    Alta de casos em diferentes países

    De acordo com uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foram registrados 127.350 casos de sarampo na Europa e na Ásia Central em 2024, o dobro do reportado em 2023 e o maior número desde 1997.

    Nos Estados Unidos, já são 712 casos confirmados, 97% deles envolvendo pessoas não vacinadas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A doença causou a morte de duas crianças não imunizadas e um terceiro caso fatal está sob investigação.

    Para especialistas ouvidos pelo Estadão, a situação nesses locais serve de alerta para o Brasil e outros países: a população deve se vacinar.

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