Funcionários demitidos do Detran ainda não receberam salários atrasados e nem rescisão

Funcionários da empresa terceirizada Fórmula que trabalhavam nos postos do Departamento de Trânsito (Detran) do Centro (Terminal Rodoviário), Alto da Serra e Itaipava, denunciam que ainda não receberam os salários atrasados e nem os valores referentes às rescisões. As demissões aconteceram em outubro e até o momento não há previsão, segundo os trabalhadores, de quando irão receber.

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Os desligamentos aconteceram em todo o Estado do Rio de Janeiro e, em Petrópolis, seis pessoas que atuavam na área de serviços gerais perderam os empregos. O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco-Rio) emitiu nota no fim de semana denunciando os atrasos nos pagamentos. 

Na nota, o sindicato informa que 523 funcionários terceirizados em todo o Estado foram demitidos para dar lugar a 360 presos do sistema carcerário do Rio. As contratações foram feitas por meio de convênio do Governo do Estado com a Fundação Santa Cabrini, vinculada à Secretaria de Estado de Trabalho e Renda, encarregada desse tipo de ressocialização.

Uma ex-funcionária denuncia que está desde a demissão está vivendo da ajuda de amigos e parentes. “Quando mandaram a gente embora um salário já estava atrasado e também não recebemos os tickets alimentação. Depois da demissão não pagaram a rescisão. São dois meses sem receber nenhum dinheiro. Estou vivendo da ajuda das pessoas que me dão cestas básicas”, disse. 

De acordo com a ex-funcionária, a alegação da empresa para não quitar as dívidas trabalhistas é a falta de repasses por parte do Detran. “Eles dizem que o Detran precisa liberar o dinheiro para pagar a gente. Enquanto isso, estamos nos endividando, sendo ameaçados de despejo e vivendo da ajuda das pessoas”, lamentou.

A Tribuna entrou em contato com a Fórmula, mas os telefones informados no site da empresa não completavam a ligação. O Departamento de Trânsito informou, em nota, que “por exigência legal, aguarda a comprovação do pagamento de verbas trabalhistas (salário, vale alimentação e transporte), no período de 1/9 a 17/10, para realizar os devidos créditos à empresa. Existem, portanto, créditos que aguardam a apresentação de documentos que comprovem o pagamento dos funcionários”.