• Com 117 casos de sarampo, Rio busca ampliar cobertura vacinal

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  • 18/11/2019 19:00

    Seguindo o calendário elaborado pelo Ministério da Saúde, o governo do estado do Rio de Janeiro deu início, hoje (18), à segunda fase da campanha nacional de vacinação contra o sarampo. O estado já registrou este ano 117 casos da doença, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o que o coloca entre os três com maior incidência no atual surto que atinge o Brasil. Em todo o país, são cerca de 5,6 mil casos, em 19 estados. Mais de 90% das ocorrências se concentra em São Paulo, onde já foram registrados mais de 5 mil diagnósticos positivos.

    Na nova etapa, que vai até o dia 30 de novembro, o Ministério da Saúde mira em cerca de 9 milhões de pessoas entre 20 e 29 anos, que não tomaram duas doses na infância. Essa é a faixa etária que acumula o maior número de casos confirmados no atual surto. Os imunizantes são assegurados gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis em unidades básicas.

    A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção ao sarampo. Para as pessoas até 29 anos de idade são recomendadas duas doses da vacina. Na faixa de entre 30 a 49 anos, a indicação é de uma dose. A primeira fase da campanha de vacinação, realizada de 7 a 25 de outubro, foi focada no atendimento às crianças de 6 meses a 5 anos de idade, grupo mais vulnerável às sequelas e óbitos.

    Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil superou a meta global alcançando 97% de cobertura vacinal na faixa etária de 6 meses a 1 ano de idade. No entanto, 10 estados ficaram abaixo do índice almejado de 95% e o Rio de Janeiro registrou o pior percentual,de 69,24%.

    Vírus

    Causado por um vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave transmitida por via aérea. Os sintomas são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza e mal-estar intenso. Após um período que varia de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas. Quando ocorre na infância, a vítima pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente. Mesmo entre adultos, a doença pode deixar sequelas e também evoluir a óbito. Neste ano, 14 pessoas morreram, sendo 13 em São Paulo e uma em Pernambuco.

    No Rio de Janeiro não há confirmação de mortes pela doença. Os 117 casos estão espalhados por 16 municípios. Duque de Caxias lidera com 36 ocorrências. Em seguida, vêm a capital, com 31 confirmações, Paraty com 12 e São João de Meriti com 10. As demais cidades são Angra dos Reis, Belford Roxo, Cabo Frio, Casemiro de Abreu, Itaguaí, Magé, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Resende, Rio das Ostras e Saquarema.

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