
Petrópolis já pode ser considerada uma cidade resiliente?
As águas de março fechando o verão chegaram atrasadas, mas vieram. E deram o tom do que nos aguarda nos próximos anos. A quantidade de água é espantosa. E nem estamos falando do mais de 300 milímetros acumulados em menos de 24 horas, não. A gente foca nas cachoeiras que se formaram no Caxambu, Bela Vista, Retiro e por aí vai. É assustador, no mínimo. Some-se a isso às inundações – e alagou tudo ao mesmo tempo, do primeiro distrito à Posse. Se não tivesse limpado os rios estaria como?
Prevenção
Mas, ainda falta muito para Petrópolis ser resiliente. Desta vez, se avisou com antecedência e cada um se protegeu como pôde. Eventos cancelados, aulas suspensas, saídas sem necessidade abolidas e assim por diante. Porém, ainda teve quem menosprezou o alerta e se colocou em risco (por conta própria ou levado pelas obrigações). E choveu tudo o que havia sido anunciado e muito mais, justificando assim a dispensa do trabalho, o retorno mais cedo e a conformação de que era melhor a prevenção. Mas e se não tivesse chovido? Pessoal estaria comemorando que a previsão não se concretizou ou estaria reclamando que justamente não se materializou e minimizando o fato de que é necessário prevenir?
Protagonista…
E agora, no lado político, Cláudio Castro – e se pode dizer que nunca tivemos um governador tão presente – tomou para si o protagonismo das ações de prevenção e mitigação ao lado de Hingo Hammes.
… e coadjuvante
Ao lado de Cláudio Castro, além de Bernardo Rossi, evidentemente, só um brilhou: Dudu. Demais vereadores estão por aqui com ele. Esperem só ele estar como presidente da Companhia Estadual de Habitação que vocês vão ver.

Soluções
Na prática, temos problemas não resolvidos ainda de 2022, vide Morro da Oficina e Ferroviários que se acabam em lama a cada chuva (não apenas nesta última). Bueiros entupidos também contribuíram, mas o problema agora é maior com a mudança climática, água que não acaba mais e um sistema de drenagem (se vai ser piscina, extravasor ou outra solução) que precisa ser urgentemente instalado em várias regiões.
Momento certo
Outra coisa que é fundamental: Petrópolis precisar ter um plano de ação – com a população colaborando – de retirada das pessoas das casas em áreas de risco quando o céu ainda está azul, sem nuvens. Porque ninguém sai de casa na enxurrada para procurar ponto de apoio. Só mesmo quando a casa ao lado desabou. É essa a cultura de proteção que precisar ser instalada. E essa é a mais difícil.
Essa, não!
Passados quase duas semanas desde a obrigatoriedade de idosos embarcarem pela porta da frente dos coletivos urbanos, um fato chamou a atenção de um idoso que usa os serviços da Turp e Cidade Real. Alguns motoristas dessas empresas nem olham muito pro documento que a pessoa apresenta. Outros, por sua vez, vistoriam com rigor, pegam o documento da mão da pessoa, fazem as contas para saber se a idade corresponde com a data de nascimento e ainda mandam aquela “cara-crachá” para confirmar se o idoso é mesmo ele. Quem tem mais de 65 anos e não aparenta se sente como se estivesse pagando o mercado com nota de R$ 200 e o caixa inspeciona a cédula com lupa para ver se não é falsa.

Turismo
Longe de a gente julgar, mas foi só anunciar que ia chover à rodo na sexta-feira que todo o público maior de 60 anos arrumou algo urgente para fazer no Centro Histórico.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 327 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br