• Laudo mostra que recém-nascido encontrado dentro de sacola em porta-malas de carro morreu por asfixia

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  • 14/11/2019 16:50

    O laudo de necrópsia realizada no corpo do bebê encontrado no porta-malas de um carro no último domingo (10) apontou que ele foi assassinado por asfixia. O exame revelou também que o recém-nascido, do sexo feminino, tinha queimaduras de terceiro grau em parte da cabeça, do rosto, dos braços e do corpo. A bebê foi encontrada enrolada em um vestido azul marinho listrado e com dois sacos plásticos na cabeça. Também estava junto ao corpo um chumaço de palha e restos de carvão.

    A neném media cerca de 49 centímetros e pesava três quilos. O crime comoveu até os agentes que atuam no caso. “A perita que fez o local ficou comovida. A criança nasceu e foi assassinada”, afirmou o delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro, Claudio Batista. Ele disse ainda que o crime está  próximo de ser desvendado. “Depois que o bebê foi descoberto no porta-malas foi feita a perícia tanto no carro quanto na casa onde o veículo estava. Com o laudo da bebê pronto e o resultado das perícias, estamos muito próximos de esclarecer a história”, ressaltou.

    Também deve ficar pronto nos próximos dias o laudo do exame de necrópsia realizado no corpo da mulher de 37 anos que passou mal e foi socorrida por um pastor. Ele usou o carro onde a bebê foi encontrada para levar a mulher à Unidade de Pronto Atendimento, no Cascatinha. O corpo dela foi exumado na tarde de quarta-feira (13) no Cemitério Municipal do Centro, após autorização da justiça. Ela faleceu no último sábado (9) uma hora depois de dar entrada na UPA. Segundo a Prefeitura, teve parada cardíaca e edemas pulmonares.

    A recém-nascida foi encontrada pela esposa da mulher que morreu no domingo, um dia depois da sua morte. Assim que encontrou o bebê, ela acionou a Polícia Militar (PM) e contou aos agentes que a sua esposa tinha usado o carro para ir a uma igreja evangélica no Carangola onde passou mal e foi socorrida por um pastor, que a levou até a UPA.

    A Polícia Militar entrou em contato com o pastor que confirmou ter levado a mulher para a unidade de saúde. Ele disse ainda que no trajeto ela teria pedido para guardar uma sacola no porta-malas. O pastor afirmou aos policiais militares que não sabia o que tinha na sacola. “Já ouvimos a esposa da mulher que morreu e ainda hoje o pastor deve prestar depoimento. Outras pessoas também estão sendo ouvidas”, concluiu o delegado.

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