• Com 85 produções de 30 países, festival celebra vigor estético e alcance do documentário

  • 04/abr 07:02
    Por Laysa Zanetti / Estadão

    Amir Labaki, criador e diretor do É Tudo Verdade, vê com bons olhos o fato de o gênero despertar grande interesse nas novas gerações, mas pondera que, muitas vezes, as produções que mais chegam ao público não são as mais completas.

    “Hoje, o documentário é muito mais visível, ele faz parte do cotidiano das pessoas. Quando surge o streaming, e um dos formatos prediletos do streaming é o seriado, é natural que o documentário também o abrace. Infelizmente, de maneira menos original, e eu acho que não por responsabilidade dos realizadores, e sim das plataformas.”

    Labaki considera que o streaming, embora produza muito em volume, ainda adota uma visão antiquada do audiovisual, baseada em repetições.

    “Logo que começaram a exibir retratos de artistas e documentários que chamam de true crime, as plataformas viram que isso era popular”, nota. “É o que estão fazendo. As plataformas têm que rasgar essa cartilha conservadora e emburrecedora.”

    Lista de filmes inclui clássicos e novos olhares para o gênero

    A Bolha

    O curta-metragem (foto) dirigido por Caio Baú retrata a Liga Nacional de Futebol de Times LGBTQIA+, realizada em São Paulo. Com depoimentos de atletas amadores que jogam na competição.

    Dia 7, 15h, e dia 10, 14h30, na Cinemateca Brasileira

    A Invasão

    Dirigido por Sergei Loznitsa, documenta a luta do povo ucraniano diante da invasão russa e aborda os conflitos vividos pelos cidadãos.

    Dia 6, 21h30, na Cinemateca Brasileira; dia 12, 20h30, no Instituto Moreira Salles

    Bruscky: Um Autorretrato

    Paulo Bruscky é acompanhado pela câmera de Éryk Rocha, que relembra a carreira do artista pernambucano, passando pelas lembranças da ditadura militar e de seus grandes trabalhos artísticos.

    Dia 9, 20h30, na CineSesc; dia 10, 17h, na Cinemateca Brasileira

    Chaplin: O Espírito do Vagabundo

    A família do ator e cineasta explora as origens de um de seus personagens mais famosos, o Vagabundo, e suas heranças ciganas. Com depoimentos e imagens inéditos.

    Dia 5, 14h30, na Cinemateca Brasileira

    Meus Fantasmas Armênios

    Filha do ator Vigen Stepanyan, Tamara Stepanyan investiga a história de resistência do cinema armênio.

    Dia 5, 18h, no Instituto Moreira Salles; dia 11, 14h30, na Cinemateca Brasileira

    Quando o Brasil Era Moderno

    Fabiano Maciel explora a relação entre arquitetura e sociedade a partir do prédio do Ministério da Educação e Saúde no Rio.

    Dia 7, 20h30, no CineSesc; dia 8, 17h, na Cinemateca Brasileira

    Crônicas do Absurdo

    As contradições da dinâmica social e política da Cuba de hoje, longe do olhar dos turistas, é o tema de Miguel Coyula.

    Dia 7, 21h30, na Cinemateca Brasileira; dia 9, 20h30, no Instituto Moreira Salles

    Trens

    A partir de imagens de arquivo e do design de som, o filme de Maciej J. Drygas propõe “uma viagem de trem artística e reflexiva pela Europa”.

    Dia 12, 20h30, na Cinemateca Brasileira

    Série histórica

    Retrospectiva Vladimir Carvalho

    A mostra dedicada ao diretor inclui filmes como O País de São Saruê (dia 4, 17h30, CineSesc); O Engenho de Zé Lins (dia 4, 16h, Centro Cultural São Paulo); O Evangelho Segundo Teotônio (dia 5, 14h, Instituto Moreira Salles); Cícero Dias, o Compadre de Picasso (foto; dia 5, 16h, Centro Cultural São Paulo); ou Barra 68 – Sem Perder a Ternura (dia 8, 14h, Instituto Moreira Salles)

    O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes

    Documentário de Toni Venturi sobre o líder do Partido Comunista Brasileiro.

    Dia 18, 17h30, no CineSesc

    Cabra Marcado para Morrer

    O filme de Eduardo Coutinho aborda o assassinato de João Pedro Teixeira, líder da Liga Camponesa de Sapé .

    Dia 7, 17h30, no CineSesc

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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