• Microcefalia: 1.581 casos confirmados em todo o país

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  • 15/06/2016 16:00

    O Ministério da Saúde confirmou 1.581 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. Os dados estão no boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15). O informe reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde referentes à semana 23 deste ano, que vai até 11 de junho.

    O novo boletim registrou 3.308 casos descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso. Outros 3.047 permanecem em investigação. Ao todo, desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.936 casos suspeitos de microcefalia em todo o Brasil.

    Do total de casos confirmados, 226 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. Os 1.581 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 562 municípios, localizados em 25 unidades da federação e no Distrito Federal. Não existe registro de confirmação apenas no estado do Acre.

    Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 317 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 73 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 198 continuam em investigação e 46 foram descartados.

    O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

    A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.


    Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 11 de junho de 2016




    Regiões e Unidades Federadas

    Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita

    Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016

    Em investigação

    Confirmados2,3

    Descartados4

    Brasil

    3.047

    1.581

    3.308

    7.936

    Alagoas

    61

    73

    173

    307

    Bahia

    667

    254

    214

    1.135

    Ceará

    178

    122

    205

    505

    Maranhão

    81

    130

    56

    267

    Paraíba

    297

    139

    450

    886

    Pernambuco

    474

    366

    1.159

    1.999

    Piauí

    9

    87

    73

    169

    Rio Grande do Norte

    258

    113

    63

    434

    Sergipe

    73

    110

    50

    233

    Região Nordeste

    2.098

    1.394

    2.443

    5.935

    Espírito Santo

    92

    12

    49

    153

    Minas Gerais

    59

    3

    55

    117

    Rio de Janeiro

    276

    70

    145

    491

    São Paulo

    209ª

    8b

    166

    383

    Região Sudeste

    636

    93

    415

    1.144

    Acre

    21

    0

    17

    38

    Amapá

    1

    7

    3

    11

    Amazonas

    11

    6

    5

    22

    Pará

    40

    1

    0

    41

    Rondônia

    5

    5

    7

    17

    Roraima

    5

    10

    11

    26

    Tocantins

    48

    11

    80c

    139

    Região Norte

    131

    40

    123

    294

    Distrito Federal

    4

    5

    36

    45

    Goiás

    59

    14

    67

    140

    Mato Grosso

    86

    23

    118

    227

    Mato Grosso do Sul

    2

    2

    14

    18

    Região Centro-Oeste

    151

    44

    235

    430

    Paraná

    3

    4

    30

    37

    Santa Catarina

    1

    1

    5

    7

    Rio Grande do Sul

    27

    5

    57

    89

    Região Sul

    31

    10

    92

    133


    1 Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.

    2 Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.

    3 Foram confirmados 226 casos por critério laboratorial específico para vírus Zika (técnica de PCR e sorologia).

    4 Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.

    a. Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo 209 casos se encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 39 são possivelmente associadoscom a infecção pelo vírus Zika, porém ainda não foram finalizadas as investigações.

    b. 01 caso confirmado de microcefalia por Vírus Zika em recém-nascido com local provável de infecção em outra UF.

    c. Redução no valor após revisão e correção (erro de digitação, classificação).


    Com informações do Portal Saúde

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