DER publica edital para recuperação do trecho entre Pedro do Rio e Posse
Condenado na Justiça em uma ação civil pública que tramita há mais de 10 anos, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) publicou, enfim, o edital de licitação para a contratação da empresa que fará a recuperação da Estrada União e Indústria, no trecho de 14,4 quilômetros entre Pedro do Rio e Posse. A concorrência, no valor de R$ 28.164.232,12 milhões, está marcada para acontecer no dia 18 deste mês.
De acordo com o edital, a empresa vencedora ficará responsável pela pavimentação, drenagem e sinalização de todo o trecho. A previsão é que a obra tenha duração de 240 dias e deverá começar cinco dias após a assinatura do contrato. O edital completo está disponível no site do DER (www.der.rj.gov.br).
O trecho entre Pedro do Rio e Posse é considerado um dos mais perigosos de toda a União e Indústria devido à quantidade de buracos, além da falta de sinalização e iluminação. Chamada de “Estrada da Morte”, em vários pontos é preciso trafegar na contramão para desviar dos buracos, colocando em risco a segurança de quem precisa passar pela via.
“É uma luta que os moradores dessas duas regiões vem enfrentando há anos. Mais de uma década após o início da ação pública proposta por mim, ao Ministério Público, o DER cumpriu a decisão da Justiça e vai realizar a licitação. Esperamos que o processo aconteça dentro do cronograma e possamos ter uma estrada em condições de tráfego e com segurança para quem a utiliza diariamente”, comentou o vereador Ronaldo Ramos.
A morosidade para realização da licitação rendeu multas no valor de R$ 10 milhões propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) para o Departamento de Estradas de Rodagem. Em todos esses anos da ação, o DER descumpriu todos os prazos estipulados pela Justiça e não fez as intervenções exigidas na estrada.
A ação foi proposta em 2007 e cinco anos depois saiu a sentença obrigando o DER a fazer a recuperação no trecho da União e Indústria que é de sua responsabilidade. Em 2016, o departamento foi multado e obrigado a retomar o processo licitatório, o que levou três anos para acontecer.